1ª brasileira a levar a tocha não era atleta e ganhou apelido: "Tochinha"
Rio de Janeiro - A história de Lara Leite de Castro, hoje com 42 anos, está ligada às Olimpíadas. Mas, como a grande maioria, não envolve o esporte, já que ela nunca foi atleta, técnica ou mesmo dirigente. Ela foi a primeira brasileira a carregar a tocha olímpica, quando ganhou um concurso de redação em 1992.
À época, aquele seria o primeiro revezamento na história olímpica a incluir condutores de fora da sede olímpica. No Brasil, uma empresa de refrigerantes lançou um concurso entre 56 cursos de educação física, e escolheu a redação de Lara como a melhor.
"O prêmio era ir até a Espanha e conduzir a tocha como primeira brasileira. Eu viajei e participei de um percurso próximo a Sevilha", conta a carioca. Mesmo já tendo feito viagens internacionais, o país ibérico ela ainda não conhecia.
A história rendeu até um apelido. "Eu estava começando na faculdade, no primeiro ano, e meus colegas também participaram dessa coisa toda. Como eu sou baixinha [1,58m], eles começaram a me chamar de 'tochinha'. Isso ficou. Tem um pessoal que eu ainda encontro, e eles sempre lembram disso", lembra a brasileira em entrevista ao UOL Esporte.
Instantaneamente ela se tornou celebridade. Deu até palestras contando o episódio, ganhou prêmios e homenagens. Na casa de Lara, que vive atualmente em São Lourenço (MG), ainda resta a réplica da tocha, que cada um dos condutores ganhou.
"O que mais me perguntam é sobre como foi o momento lá, qual foi a emoção de conduzir a tocha. É uma experiência que eu já contei e recontei", explica. Até pros filhos? "Algumas vezes. Eles adoram", conclui.