Atletas comemoram apoio em período de transição de carreira

Programa do COB ajuda na preparação adequada para enfrentar o desafio / Foto: ©Heitor Vilela/COB

Rio de Janeiro - O período de transição de carreira de um atleta é dos mais difíceis. A cabeça ainda pensa como a de um competidor, mas a rotina de treinamento começa a desgastar, os movimentos já não saem naturalmente e, de uma hora para outra, o atleta percebe que não se preparou para o próximo passo.
 
O objetivo do Programa de Carreira do Atleta do COB é dar condições ao atleta para que ele se prepare adequadamente para enfrentar esse desafio com a mesma determinação e força de vontade com que superava os adversários nas quadras, pistas e ginásios. Os atletas agradecem!
 
“É um recomeço que dá muito medo. Se já é difícil para quem faz vestibular saber o que quer, por exemplo, imagine para o atleta que nunca pensou nisso. Nós ginastas não vivemos muito fora do ginásio. Então esse mundo lá fora traz um pouco de medo. Dentro do ginásio eu sei de tudo. Sei como aquecer, como treinar, como administrar o meu tempo. Já tenho a consciência disso tudo. Mas agora, entrando em uma fase nova, tenho que me redescobrir. Tenho que identificar o que eu quero agora. Então esse programa vai ser uma oportunidade única para todos nós. Fico feliz de no primeiro ano desse ciclo olímpico já ter essa oportunidade”, disse a ginasta Jade Barbosa, que ainda pretende competir nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. A ginasta fez faculdade de Design, mas trancou na metade do curso por não conseguir conciliar com os treinos.
 
Campeã mundial de remo em 2011, Fabiana Beltrame encerrou a carreira no ano passado e abriu uma academia de Cross Fit em Florianópolis. Com o Programa de Carreira do Atleta, Fabiana pretende se preparar adequadamente para a nova fase de sua vida. “Eu não pensava no futuro realmente, estava muito focada em treinamentos e competições. Quando decidi parar eu estava despreparada mesmo para esse momento. Então vai ser fundamental passar por esse programa do COB, não só para mim mas para todos os atletas que estão passando pelo mesmo momento.  Espero sair daqui já com uma ideia do que eu vou fazer.  Quero trabalhar com esporte olímpico, usar a minha experiência para ajudar a minha modalidade a crescer no Brasil”, disse Fabiana.
 
Yane Marques surpreendeu o mundo ao conquistar o bronze no pentatlo moderno nos Jogos Olímpicos Londres 2012. A pernambucana ainda treinou duro para se preparar para os Jogos Rio 2016, quando foi porta bandeira da delegação brasileira, após ser escolhida através de votação popular. Após os Jogos, Yane começou o processo de transição de carreira quando foi aceitou o convite para ser Secretaria Executiva de Turismo, Esporte e Lazer de Recife.  Aos 33 anos, treina por prazer e não compete mais em disputas internacionais.
 
“Toda transição é complicada, mas estou vivendo esse momento com tranquilidade. Já estava decidida a diminuir muito o ritmo de treinamento e competição após os Jogos do Rio. Já são 20 anos treinando. Eu não queria esperar que o meu corpo dissesse que eu tinha que parar. Foi a minha cabeça que disse”, disse Yane. “Tenho certeza de que esse programa vai me ajudar a definir o que eu quero. Buscar novos caminhos, me capacitar para o que eu me decidir a fazer. Essa ajuda do COB será valiosíssima”, completou a pernambucana.
 
Já Aline Silva, vice-campeã mundial de luta em 2014, ainda pretende seguir competindo em alto nível. Mas isso não a impede de se preparar para o futuro.  “Pra mim a hora pertinente para que não se perca muito tempo em transição, é enquanto você ainda está com a rotina de atleta. É essa mesmo a hora de se preparar. Porque se esperar a hora de encerrar a carreira, vai ficar muito duro. Temos que nos preparar antes, pensar em um curso ou mesmo uma formação, o que leva algum tempo”, ensina Aline.
 

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