Australiano reclama ouro em Londres 2012 após doping russo

Jared, à esquerda, medalhista de prata, e Sergey com seu ouro, à direita / Foto: Getty Images

Rio de Janeiro – No dia seguinte após o relatório da Wada (Agência Mundial Antidoping) pedindo a exclusão da Rússia dos Jogos Rio 2016 e denunciando diversos casos de atletas russos que tiveram suas amostras de doping encobertadas, o australiano Jared Tallent reclamou de uma medalha de ouro nos Jogos de 2012 para si.
 
O atleta foi medalha de prata nos 50km da marcha atlética em Londres, e ficou atrás apenas do russo Sergey Kirdapkin, suspenso pela Federação de Atletismo da Rússia em janeiro por apresentar irregularidade no seu passaporte biológico.
 
“As alegações são absolutamente chocantes por descobrir que o homem que me venceu em Londres, Sergei Kirdyapkin, provavelmente deveria ter sido banido já em 2011. Mas a IAAF não se prontificou a bani-lo até depois dos Jogos Olímpicos em Londres. Então deixá-lo competir mesmo sabendo que era um atleta dopado e ele ir lá e levar a melhor sobre mim pela medalha de ouro é bem devastador. Te irrita só de saber que sua federação internacional, que deveria estar protegendo os atletas limpos, estava cuidando dos dopados”, criticou o marchador.
 
As críticas de Tallent à IAAF (Federação Internacional de Atletismo) fazem coro à denúncia da TV alemã ARD, que apresentou um documentário mostrando que a entidade teria encobertados milhares de atletas dopados entre 2001 e 2012.
 
Com o escândalo cada vez maior, o Comitê Olímpico Internacional (COI) resolver cortar de vez qualquer relação com Lamine Diack, que foi presidente da IAAF por 16 anos e só saiu em agosto, quando Sebastian Coe entrou no seu lugar. O ex-dirigente foi inclusive preso na semana passada e liberado em seguida após pagamento de fiança.
 
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