Bicampeã olímpica e capitã do vôlei, Fabiana é vítima de racismo em jogo

Fabiana, do Sesi / Foto: Alexandre Arruda / CBV

Rio de Janeiro - A capitã da seleção brasileira e bicampeã olímpica no vôlei, Fabiana Claudino, afirmou nesta quarta-feira ter sido vítima de insultos racistas durante um jogo da Superliga, contra o Minas Tênis Clube, em Belo Horizonte. 

De acordo com a central do Sesi, enquanto jogava, uma pessoa xingava a atleta com várias frases racistas. Em diversos momentos da partida, Fabiana foi chamada por essa pessoa. 

"Durante o jogo contra o Minas, um senhor disparava uma metralhadora de insultos racistas em minha direção. Era macaca quer banana, macaca joga banana, entre outras ofensas. Esse tipo de ignorância me atingiu especialmente, porque meus familiares estavam assistindo à partida", publicou a atleta nas redes sociais. 

Ainda durante o jogo, o clube encontrou o homem e o levou à delegacia. "Refleti muito sobre divulgar ou não, mas penso que falar sobre o racismo ajuda a colocar em discussão o mundo em que vivemos e queremos para nossos filhos. Eu não preciso ser respeitada por ser bicampeã olímpica ou por títulos que conquistei, isso é besteira! Eu exijo respeito por ser Fabiana Marcelino Claudino, cidadã, um ser humano", escreveu. 

Abalada pelo ocorrido, a central, que foi a maior pontuadora da partida, lamenta pelo criminoso. "A esse senhor, lamento profundamente que ache que as chicotadas que nossos antepassados levaram há séculos, não serviriam hoje para que nunca mais um negro se subjugue à mão pesada de qualquer outra cor de pele. Basta de ódio! Chega de intolerância!", desabafou. 

De acordo com o regulamento da Superliga, esse tipo de atitude prevê punião conforme o Código Brasileiro de Justiça Desportiva. 

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