Campeã olímpica sobre comentários online: "baixo nível"

Rio de Janeiro - Depois da estrela brasileira dos saltos ornamentais, Ingrid Oliveira, vir a público se dizer chocada com os comentários agressivos de usuários do Instagram em suas fotos, foi a vez da bicampeã olímpica de vôlei Thaisa se dizer insatisfeita com este cenário. 

 

A atleta apagou seu perfil na rede social na virada do ano. À época, sem dar explicações a respeito da repentina saída da plataforma. Meses depois, a jogadora voltou com outra conta, dessa vez fechada apenas para quem ela quisesse que a seguisse. 

 

"Na verdade, eu cancelei aquele Instagram e fiz um outro, tanto é que nem tenho tantos seguidores. Era mais para evitar atritos, tenho fãs que perdem um pouco a noção; falam coisas desnecessárias. A partir do momento que você coloca público, a pessoa pode falar o que quiser. Então, eu quis evitar isso e fechei para não passar raiva, não discutir com ninguém. Tem coisa que acho desnecessária e estava me irritando, me incomodando bastante", explicou Thais ao UOL Esporte. 

 

Ao contrário do que pode parecer, segundo ela, não foram críticas que a incomodaram, mas sim comentários de baixo calão, grosseiros. "Eu realmente fechei por conta de comentários assim de baixo nível, a pessoa não pode falar que está bonita. Precisa falar que você está gostosa, toda aquelas coisas, coisas muito mais para baixo. Comecei a me sentir, poxa, não é esse objetivo. Não acho isso legal", disse. 

 

Recentemente a jogadora de vôlei reabriu o perfil para seus fãs. Mas, a publicação de fotos de seu corpo é bem pouca. Isso não quer dizer que Thaisa não vá postar mais esse tipo de imagem, segundo ela. 

 

"Eu me cuido muito, gosto de mostrar que estou bem, que estou treinando forte, malhando. Qualquer mulher gosta de se sentir assim, eu me sinto bem, eu posto. Acho que quando tiver foto que acho legal que for de barriga de fora, o que for, vou postar, se tiver me sentindo bem para isso, vou fazer", garante.

 

A atleta aproveitou para defender que as mulheres não sigam um padrão de beleza. "Eu me sinto bem independentemente se falar que estou magra, gorda, o que for, eu sei da minha capacidade, sei o que preciso, o que é melhor para mim. Então, isso é o que aconselho a todas, não é porque padrão é ser magrinha ou esquelética, que você precisa ser também. Cada um tem seu padrão, seu biotipo e você tem de respeitá-lo. Acima de tudo, se sentir bem, se respeitar, respeitar seu corpo", concluiu a medalhista olímpica.

 

A meio de rede está afastada da seleção brasileira enquanto se recupera de duas cirurgias que fez recentemente no joelho.