Cazaquistão quer Jogos de Inverno e aposta em proximidade

 

Rio de Janeiro - Um país pouco conhecido e uma cidade menos ainda. Mesmo assim, os cazaques estão empolgados em fazer de Almaty, maior cidade do Cazaquistão, a capital dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2022. A cidade disputa com Pequim, na China, ser cidade-sede do evento. 

 

Pode parecer improvável, mas para o primeiro-ministro do país, Karim Masimov e um grupo importante de atletas cazaques, a chance existe. Em entrevista coletiva concedida nesta quarta-feira para defender a candidatura do país, eles mostraram confiança e apostaram na proximidade dos eventuais locais de competição. 

 

"Como atleta, posso afirmar que a grande proximidade de todos os locais de competição à vila traz um benefício extraordinário para os atletas olímpicos. Os curtos tempos de viagens tornam a vida dos atletas mais fácil e permitem uma melhor preparação para as maiores competições de suas vidas", comentou Denis Tem, bronze em Sochi 2014, na patinação artística.

 

Esse diferencial garantiria que todas as disputas em Almaty ocorressem em um raio de apenas 30 km de distância. Além disso, a experiência com a cidade seria excepcional, nas palavras de Tem.

 

"Os extraordinários locais de competição de Almaty na montanha e na cidade foram testados e irão garantir uma experiência excepcional aos atletas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, aos espectadores e a todos os telespectadores do mundo", garantiu o medalhista olímpico.

 

Masimov, por sua vez, defende ganhos econômicos e sociais para a cidade caso seja eleita. "Almaty ser eleita ajudaria a diversificar a economia e a melhorar os direitos humanos em um país com mais de cem grupos étnicos. Farei o que for possível para que aconteça", garantiu Masimov.

 

A vantagem de Pequim sobre Almaty é ter sediado os Jogos Olímpicos de Verão, em 2008, e gastar menos com a construção e reforma das instalações para 2022.