Investimento em vôlei de praia rende de 5 das 6 medalhas mundiais

Alyson e Bruno comemoram o título / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro - O inédito fato olímpico de o vôlei liderar pela primeira vez na história a procura por ingressos, desbancando até mesmo toda a tradição do atletismo, ficou mais fácil ainda de ser entendido após o fim de semana. No Mundial de Vôlei de Praia, disputado na Holanda, o Brasil ficou com 5 das 6 medalhas disputadas, três no feminino e 2 no masculino, e provou que um campeão não nasce da noite para o dia. É fruto do investimento feito na base na última década. A um ano dos Jogos Olímpicos do Rio, o vôlei de praia brasileiro comemora o resultado no Mundial e o domínio do cenário internacional.  


“O domínio do Brasil no vôlei de praia é quase absoluto. Apesar da evolução de outros países, como Holanda, Polônia, Rússia, Estados Unidos, as duplas brasileiras ainda estão na ponta. Isso acontece porque o Brasil já tem uma escola e houve um grande investimento no vôlei de praia desde 2005”, lembra Ary Graça, presidente da Federação Internacional de Vôlei (FIVB) e ex-presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV).

O vôlei de praia cresceu no Brasil, nos continentes e no mundo. Por aqui, além do Circuito Brasileiro de Vôlei de Praia, que distribui R$ 8 milhões em prêmios, foram criados os Campeonatos Estaduais, divididos regionalmente, e a cada mês um torneio é disputado em um Estado. A evolução também é evidente na América do Sul. Hoje os 12 países que integram a Confederação Sul-Americana (CSV) disputam a Continental Cup, criada há 4 anos quando Ary Graça presidia a Comissão de Vôlei de Praia da FIVB.

“Para os Jogos de Pequim 32 países disputaram a classificação. Com a Continental Cup o número pulou para 143 que brigaram pela vaga para Londres e para os Jogos do Rio são 176 países. O vôlei de praia explodiu no mundo. Um belo exemplo foi a participação de Wanatu, que se classificou na Oceania para disputar o Mundial e chegou às oitavas de final”, destaca o presidente da FIVB.

As jogadoras brasileiras que não deram chances às duplas dos demais países no Mundial já fazem parte do investimento feito no vôlei de praia no Brasil há um bom tempo. A campeã Bárbara Seixas, que forma a dupla com Ághata, foi campeã mundial na base antes de levantar seu primeiro Mundial adulto na Holanda. Assim como Bárbara, Taiana, Juliana, Bruno e Pedro também foram campeões mundiais na base. Já Fernanda Berti, medalha de prata ao lado de Taiana, e Evandro, medalha de bronze ao lado de Pedro Solberg, passaram três anos treinando no Centro de Treinamento da CBV, em Saquarema, para aprender como adequar o que jogava na quadra para a praia. Eles treinavam permanentemente no CT e recebiam ainda uma ajuda de custo para se manter. Mesmo as campeoníssimas Larissa e Juliana receberam investimento da Confederação Brasileira. Larissa surgiu na escolinha e Juliana recebeu acompanhamento para a operação no joelho ainda aos 18 anos.

Fora das quadras, o trabalho da FIVB para o crescimento do vôlei de praia é incessante. Recentemente a Federação assinou um acordo com a Red Bull para usar toda a força da marca em cinco novos eventos de Grand Slam e negociou com a AVP (Associação de Vôlei de Praia dos Estados Unidos) para que sejam realizados três Torneios Internacionais em território americano. “Sempre apostei no sucesso do vôlei de praia. Hoje, os 41 países da Norceca (Federação da América do Norte e Central), os 12 da CSV e muitos da África praticam a modalidade por ser mais acessível, mais barata e um primeiro estágio para que os países se estruturem para montar equipes competitivas também na quadra. Fico muito feliz de ver o Brasil liderando esse o cenário mundial e incentivando outros países a revelarem novos talentos”, completa Ary Graça.

 

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