Livro conta história de somali que morreu tentando disputar Londres 2012

Samia / Foto: Getty Images

Rio de Janeiro - Samia Yusuf Omar tinha apenas 17 anos quando foi dada a largada para a quinta série classificatória dos 200m rasos nos Jogos Olímpicos de Pequim, no dia 19 de agosto de 2008. Chegou em último lugar e foi mais aplaudida que a própria campeã. 
 
A jovem, que havia movido mundos e fundos para estar ali, era a única atleta de seu país, a pobre Somália, nos Jogos. Muçulmana, Samia enfrentava abusos de militantes locais que acreditavam que as mulheres muçulmanas não deveriam participar de atividades esportivas. 
 
Após o resultado em Pequim, Samia se inspirou ainda mais e se mudou para a Etiópia, em 2011. Antes uma velocista, a atleta agora já corria provas de meia distância. 
 
Foi quando a somali decidiu, no mesmo ano, sair da Etiópia, cruzar o Sudão e chegar até a Líbia, de onde começaria a por em prática o seu plano de chegar na Europa, conseguir um bom técnico e se preparar da melhor forma para disputar os Jogos de Londres, em 2012. 
 
Samia, porém, teve um final tráfico e, em agosto de 2012, sua morte foi reportada. O barco em que a atleta estava teria afundado enquanto fazia o percurso entre a Líbia e a Itália. A morte da velocista foi difícil de ser confirmada mas, dias depois, em 20 de agosto, o Comitê Olímpico da Somália teria informado à BBC sobre a morte da garota, com apenas 21 anos. 
 
A história de Samia foi contada no livro Non dirmi che hai paura ("Nunca diga que está com medo", na tradução livre), do escritor italiano Giuseppe Catozzella. A publicação saiu neste ano em espanhol mas não há previsão de chegar ao Brasil.  
 
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