Morre britânico que cobriu 11 Olimpíadas e seis Copas do Mundo

Coleman foi uma das mais conhecidas vozes da televisão de todos os tempos / Foto: BBC

Rio de Janeiro - David Coleman, uma das mais proeminentes vozes da imprensa esportiva há quase quatro décadas, morreu aos 87 anos de idade, deixando uma geração de fãs do futebol e dos esportes olímpicos de luto pela perda de um grande comunicador. 

Homenagens ao comentarista britânico tem sido feitas por futebolistas e colegas da emissora na qual Coleman trabalhou, a BBC, com certa intensidade. 

Gary Lineker, ex-atacante da seleção inglesa prestou condolências ao jornalista e o chamou de "gigante da transmissão esportiva. Brilhante, talentoso, preciso e conciso", afirmou Lineker.

O diretor-geral da BBC, Tony Hall, disse que "David Coleman foi um dos maiores e mais respeitados comunicadores da emissora deste país. Se apresentando, comentando ou oferecendo análises. Ele definiu o padrão para todas as emissoras de esportes de hoje. Nossos pensamentos estão com sua família e com os muitos amigos", concluiu. 

Outra executiva da emissora de Coleman prestou as devidas homenagens. "David Coleman era um gigante no mundo da transmissão de esportes, uma figura extremamente respeitada. Sua voz foi uma das mais autorizadas e identificáveis com a radiodifusão", disse. 

Coleman, que costumava afirmar que sua família havia morrido após uma curta doença, trabalhava para a BBC há quase 50 anos. Ele é conhecido por ser um dos mais longevos comentaristas de Jogos Olímpicos do mundo, tendo coberto 11 edições das Olimpíadas, entre Roma, em 1960 e Sydney 2000, o qual foi seu último trabalho como comentarista. 

O britânico também foi ativo comunicador de Copas do Mundo, tendo participado da cobertura de seis edições do torneio da FIFA, como comentarista ou apresentador da BBC. Por uma década, ele apresentou um programa de televisão na emissora. 

Talvez uma das maiores habilidades do "Lord da Laringe", de acordo com Frank Keating, veterano escritor de esportes, era sua capacidade de fazer uma leitura incrível em finais de provas de 100m. "Identificar oito homens rasgando diretamente para ele em um borrão de 10 segundos", descreveu. Durante o cerco ao acontecimento, Coleman transmitiu horas e horas ao vivo. 

Mas o trabalho jornalístico mais importante de Coleman veio após os assassinatos dos Jogos Olímpicos de Munique, em 1972. Como Keating descreve, foi uma "vigília prolongada e sombria, trabalhando apenas com uma câmera fixa e distante". 

Após a cobertura dos Jogos de Sydney, em 2000, Coleman optou pela aposentadoria dos microfones. Logo em seguida, em dezembro, ele foi agraciado com uma medalha de Ordem Olímpica, dada em cerimônia solena pelo então presidente do Comitê Olímpicao Internacional (COI), Juan Antonio Samaranch, em Lausanne.

"Ele foi o primeiro radialista ou jornalista e ser tão honrado, juntamente com esses atletas olímpicos brilhantes como Jesse Owens e Fanny Blankers", escreveu Keating. 

 

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