Mulheres conquistam espaço e podem bater recorde na Rio 2016

Boxe foi último esporte olímpico a aceitar mulheres, a partir de Londres 2012 / Foto: Getty Images

Rio de Janeiro – Elas já sofreram muito com o machismo e preconceito que os homens impuseram nas primeiras edições dos Jogos Olímpicos. Para se ter ideia, os primeiros Jogos da Era Moderna, Atenas 1896, proibiram a participação feminina. Na edição seguinte, algumas pioneiras fizeram sua estreia, em Paris 1900.
 
Na ocasião, apenas duas das 95 provas eram femininas, no golfe e no tênis. No primeiro 10 mulheres participaram, enquanto que nas quadras sete estiveram presentes. As duas primeiras mulheres, porém, a competirem nas Olimpíadas disputaram o croquet. As francesas Marie Ohnier e Filleaul Brohy foram eliminadas na fase classificatória.
 
De 1900 para cá muita coisa mudou e a presença feminina foi aumentando exponencialmente. Dos 2,2% em 1900 para 44,2% em Londres 2012. Em números absolutos, foram 22 mulheres em 1900 e 4,676 em Londres 2012.
 
Para a Rio 2016, a expectativa é que esse recorde seja batido, mesmo ainda não havendo uma confirmação oficial dos atletas que estarão presentes nas Olimpíadas. A inclusão de dois novos esportes, com torneios femininos, o golfe e o rugby, devem ajudar a alcançar essa nova marca.
 
Hoje as mulheres estão presentes em todos os esportes do calendário olímpico, feito que os homens não conseguiram realizar, visto que o nado sincronizado e a ginástica rítmica são modalidades exclusivamente femininas.
 
Mas o caminho foi árduo e muitas vitórias são bem recentes. O basquete, esporte bastante popular no mundo todo, só teve o torneio feminino incluído em Montreal 1976, enquanto que o esporte está presente na versão masculina desde Berlim 1936. O judô só aceitou mulheres a partir de 1992 e, em Londres 2012, a última batalha foi vencida: o boxe olímpico abriu espaço para as categorias femininas.
 
Não à toa, a igualdade de gênero é hoje tida como prioridade no Comitê Olímpico Internacional (COI). A diretiva consta em um trecho da Carta Olímpica, considerado o livro de regras do movimento olímpico: “incentivar e apoiar a promoção das mulheres no esporte em todos os níveis e todas as estruturas, visando implantar o princípio da igualdade entre homens e mulheres.”
 
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