ONU pede trégua e refugiados poderão usar bandeira do COI
Rio de Janeiro – A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) definiu a trégua olímpica durante a próxima edição dos Jogos, no Rio, em 2016. A aprovação se deu nesta segunda-feira, em Nova York, durante reunião da entidade.
A resolução “Esporte para o Desenvolvimento e a Paz: Construindo um Mundo mais Pacífico e Melhor por meio do Esporte e do Ideal Olímpico” foi selada por 180 dos 193 países integrantes da ONU. Também ficou decidido que, durante a Rio 2016, os refugiados da guerra terão aval para competirem sob a bandeira do Comitê Olímpico Internacional (COI).
“A ONU e o COI estão unidos quanto aos ideais de tolerância, solidariedade e paz. O esporte é uma maneira única de colocar a trégua em termos práticos”, anunciou o alemão presidente do COI, Thomas Bach.
A trégua olímpica solicita que os conflitos bélicos sejam paralisados sete dias antes da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, no dia 5 de agosto, até sete dias depois da cerimônia de encerramento dos Jogos Paralímpicos, no dia 18 de setembo.
Um dos países que se absteve de assinar o documento prevendo a trégua foi a Ucrânia, que se justificou dizendo ter se sentido agredida pela Rússia, que quebrou a trégua durante os Jogos de Inverno de Sochi, em 2014.
“O esporte pode ajudar na solidariedade entre os povos, na educação, na inclusão social, no entendimento e na paz. Promover a transformação pelo esporte não é mais um sonho”, afirmou Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Organizador da Rio 2016.
A Rio 2016 defendeu, na ONU, proposta que estenda às crianças, com ações focadas na proteção e educação de meninos e meninas no mundo todo.
“Os Jogos Olímpicos são o ponto alto da tolerância, quando todos os países se reúnem para uma competição pacífica, convivendo em harmonia, sem discriminação, trocando experiências e emoções, mostrando respeito por vitórias e derrotas. O esporte é a chave para a paz e a tolerância”, concluiu Bach, em clara referência à liberação, aos atletas de alta performance, da bandeira do COI.
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