Organização dos Jogos Escolares da Juventude impressiona observadores

Representantes de 20 países estiveram em Belém para acompanhar todos os detalhes da competição / Foto: Wagner Carmo / Inovafoto / COB

Rio de Janeiro - A maior edição dos Jogos Escolares da Juventude em todos os tempos recebeu um grupo de observadores internacionais de 18 países de quatro continentes do mundo para conhecer todos os detalhes do evento. Após uma semana em Belém, a impressão que levarão para casa é a melhor possível. Os observadores internacionais elogiaram o trabalho do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) à frente da organização da competição esportiva escolar mais importante do Brasil, que envolve mais de seis mil pessoas nesta edição nacional.

O Programa de Observadores dos Jogos Escolares da Juventude tem a chancela do Comitê Olímpico Internacional, através dos recursos da Solidariedade Olímpica Internacional. Criado em 2007, o projeto chama a atenção da comunidade esportiva internacional e já contou com a participação de representantes de mais de 50 países. Participaram desta edição do programa representantes de comitês olímpicos e entidades esportivas de 18  países: Cuba, Porto Rico, República Dominicana  (América); África do Sul, Gana, Guiné Bissau, Lesoto, São Tomé e Príncipe, Serra Leoa (África); Bahrein, Omã, Palestina (Ásia); Lituânia, Grã Bretanha, Holanda e Ucrânia (Europa).
 
O cubano Ramón Alejandro Aji Fariñas, atleta de esgrima nas décadas de 60 e 70 e que atualmente trabalha na organização do esporte escolar de seu país, disse estar muito feliz de poder passar esse tempo no Brasil, aprendendo e ensinando. “"Eu creio que o Brasil tem um evento muito grande e muito sério. Trabalhar com um evento esportivo no seio da escola é muito difícil e muito importante. Apesar de termos representantes da Europa no grupo de Observadores Internacionais, creio que o Brasil seja um exemplo de como desenvolver o esporte escolar na escola, em toda amplitude, em toda humanidade, apesar de a geografia não ajudar. O Brasil é um país muito grande, é muito difícil controlar todo o sistema. É um orgulho saber que vocês organizam e assumem um evento com tanta segurança no esporte escolar", elogiou Ramón.
 
O cubano falou ainda sobre o modelo do esporte escolar de seu país."O esporte em Cuba, a exemplo do Brasil, começa na escola. Nós organizamos competições, selecionamos estudantes nas escolas. Fazemos seleção a nível de município, a nível de província e a nível nacional. Depois esses atletas passam a integrar a equipe nacional. Há um princípio no esporte de Cuba muito sólido: não se constrói um atleta que não seja um estudante. É fundamental que o aluno-atleta esteja bem na escola e que ele seja um exemplo para os outros", observou Ramón.
 
O representante do Lesoto, Caswell Quarcoo, também mostrou-se bastante satisfeito com a experiência e com a forma como o evento é organizado pelo COB. "Eu gostei muito dos Jogos Escolares da Juventude. Eu estou muito impressionado com o esporte escolar no Brasil, porque todos os jovens têm muita dedicação, muita paixão por aquilo que fazem", destacou CAsweel. O africano explicou que em seu país os jogos escolares são organizados em três etapas: para crianças da educação infantil, do ensino fundamental e do ensino médio (fazendo a correspondência para o modelo brasileiro de educação).
 
Em Belém, os representantes internacionais conheceram todos os detalhes da organização do evento que reúne cerca de 4 mil atletas de todo Brasil. A programação dos observadores incluiu participação em atividades como: cerimônia de abertura; visita aos locais de competição; ações culturais, educativas, sociais e sustentáveis da competição.
 
“Os Jogos Escolares da Juventude já se consolidaram como uma das maiores competições estudantis do mundo e um exemplo de organização reconhecido pelo Movimento Olímpico. Por isso, as atividades do Programa de Observadores Internacionais buscam fortalecer o trabalho em torno do esporte escolar em todo mundo. O objetivo é realizar um intenso intercâmbio de informações e desenvolver o esporte escolar como ferramenta de integração e inclusão social”, afirmou Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB.
 
Os observadores internacionais também assistiram a palestras sobre o desporto estudantil no Brasil e tiveram a oportunidade de apresentar o modelo esportivo escolar adotado nos respectivos países. O diretor de Esportes do Comitê Organizador Rio 2016, Agberto Guimarães, fez uma apresentação sobre a perspectiva da prática esportiva na organização dos Jogos Olímpicos. Além disso, os observadores assistiram a palestras de todas as áreas do Comitê Organizador dos Jogos Escolares da Juventude Belém 2013.
 
Para fazer parte do programa, o observador tem de ser membro ativo de um Comitê Olímpico Nacional; estar envolvido com a organização de eventos esportivos escolares; e ser fluente em português, inglês ou espanhol. Todos os 204 países filiados aos COI foram convidados pelo COB para participar da edição de 2013 do programa.
 
Os Jogos Escolares da Juventude Belém 2013 são organizados e realizados pelo Comitê Olímpico Brasileiro, correalizados por Ministério do Esporte e Organizações Globo, com patrocínio da Coca-Cola e apoio do Governo do Estado do Pará e da Prefeitura Municipal de Belém.

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