Pantrolão: empresa que Nuzman gere tem dívida de 1 mi perdoada pelo COB

Leonardo Gryner / Foto: Getty Images

Rio de Janeiro - Uma troca de correspondências divulgada nesta terça-feira pela ESPN suscitou dúvidas a respeito do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e seus critérios para perdão de dívidas. Os emails, apreendidos pela Receita Federal, mostram que, em 2010, o COB perdoou quase R$ 1 milhão em dívidas de uma empresa cujo administrador é ninguém menos que seu presidente, Carlos Arthur Nuzman. 

A empresa, que presta serviços para a entidade Olympo Marketing e Licenciamento, participou do intermédio de alguns contratos de patrocínio dos Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007. As confederações brasileiras de Remo e Esgrima e o próprio COB são alguns dos sócios da empresa. 

Outro ponto a se destacar é que Leonardo Gryner, diretor geral da Olympo, ocupa hoje também o posto de diretor geral de operações dos Jogos Olímpicos de 2016. 

Nos print screens divulgados pela ESPN, é possível ver que o próprio Leonardo solicita a Nuzman o perdão da dívida. "A Olympo Marketing e Licenciamento vem, pelo presente, requerer que seja dispensada do pagamento do débito de R$ 939.658,51, do qual o Comitê Olímpico Brasileiro é credor", escreve o diretor geral, ao passo que André Richer, vice de Nuzman, responde dois dias depois concedendo o perdão da dívida. 

A operação não é natural pois o COB, entidade sem fins lucrativos, tem boa parte das suas receitas advindas de verba pública. A Olympo, por sua vez, uma sociedade simples de caráter privado, permite distribuição de lucros entre seus sócios. 

Documento comprova o perdão da dívida / Foto: Reprodução / ESPN

Resposta oficial - O COB respondeu, no entanto, que "a Olympo Marketing e Licenciamento foi constituída em 2004 como uma sociedade privada sem fins lucrativos tendo como sócios o Comitê Olímpico do Brasil e as Confederações Brasileiras Olímpicas de Esgrima e Remo. O contrato social determinava que os resultados fossem integralmente reaplicados em suas próprias atividades, sem qualquer distribuição entre os seus sócios, todos pessoas jurídicas. O presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, portanto, nunca foi sócio da Olympo".
"O valor de R$ 939.658,51 refere-se à soma de despesas operacionais da Olympo que foram pagas diretamente pelo COB, com recursos privados, ao longo de quatro anos, até 2008, quando a agência deixou de ser operacional. Não houve repasse de recursos do COB para a Olympo", concluiu a entidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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