Wada diz que Japão comprou votos para Tóquio 2020 a R$ 20 milhões

Tóquio teria pago propina para sediar Jogos Olímpicos / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro – Um novo relatório apresentado nesta quinta-feira pela Agência Mundial Antidoping (Wada, da sigla em inglês) acusa os japoneses de terem comprado votos para sediar os Jogos Olímpicos de 2020, que serão na capital Tóquio. 
 
A Wada disse ter descoberto o esquema enquanto investigava o ex-presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo (IAAF), Lamine Diack, sob acusação de receber propina para encobrir casos de doping de atletas. 
 
Durante a investigação do dirigente, porém, indícios davam conta de que Diack e outros membros da IAAF receberam por fora para votar em Tóquio como sede dos Jogos. Um leilão de votos teria sido feito entre Tóquio e Istambul, cidade turca que concorria ao direito de ser sede. 
 
Os turcos, porém, não teriam aceitado pagar o montante que os japoneses acabaram depositando, de US$ 5 milhões de dólares, o equivalente a R$ 20 milhões de reais. A propina teria sido recebido por Khalil Diack, filho do ex-presidente da IAAF, via patrocínio. 
 
O periódico inglês The Guardian foi além e, segundo investigação, afirmou que a empresa de câmeras fotográficas do Japão Canon teria firmado o apoio com a IAAF como forma de mascarar a compra de votos.
 
"Transcrições de diversas negociações entre representantes turcos e Khalil Diack fazem referência a uma discussão sobre o processo licitatório da cidade de Istambul para os Jogos Olímpicos de 2020. Afirma-se que a Turquia perdeu o apoio de Lamine Diack porque eles não aceitaram pagar propina entre US$ 4 e US$ 5 milhões. De acordo com as transcrições, os japoneses concordaram em pagar a quantia", traz o relatório. 
 
O porta-voz de Tóquio 2020 foi lacônico na resposta, via nota à imprensa."Essa nota [da Wada] está além do nosso entendimento. Tóquio venceu a disputa porque apresentou a melhor proposta", conclui. 
 
Lamine Diack foi destituído do cargo de presidente da IAAF em agosto de 2015, depois foi preso em novembro acusado de corrupção enquanto comandava a entidade máxima do atletismo mundial.
 
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