Circo Du Soleil, inspiração para a ginástica brasileira rumo a 2016

Circo Du Soleil é inspiração para brasileiras / Foto: LiveWright / Divulgação

Curitiba - O Cirque Du Soleil é o circo mais famoso do mundo. Não é difícil se sentir maravilhado com todas as acrobacias e coreografias dos espetáculos que viajam encantam diversos países.
 
Cerca de um terço dos 1.500 artistas que participam dos shows da companhia canadense já tiveram carreiras vitoriosas no esporte, inclusive com presença em Jogos Olímpicos, especialmente na ginástica artística.
 
Além desse intercâmbio de "atletas-artistas", o Cirque Du Soleil e a ginástica estão cada dia mais próximos, principalmente pela maior importância que os elementos artísticos têm recebido nos últimos anos, no código de pontuação das apresentações. A Federação Internacional de Ginástica (FIG) recebe a consultoria da ex-CEO do grupo circense, a canadense Lin Hillwart.
 
"Ela já foi técnica e árbitra da modalidade e agora ajuda a trazer mais perfeição para as apresentações das ginastas. Há uma discussão, principalmente sobre fazer as diagonais artificialmente e sem elementos artísticos. Isso fará com que a ginasta perca pontos", falou Nellie Kim, pentacampeã olímpica, uma das maiores autoridades da modalidade e que está no Brasil nesta semana, prestando consultoria para atletas e profissionais do Centro de Excelência de Ginástica (Cegin), em Curitiba (PR), que faz parte do Movimento LiveWright.
 
"Há uma preocupação muito grande em montar coreografias mais artísticas. O principal ponto é conseguir fazer com que os movimentos mais difíceis pareçam naturais e que são feitos sem esforço, assim como os artistas do Cirque Du Soleil fazem. As ginastas de hoje, por exemplo, mostram claramente, durante a coreografia, que estão se concentrando para realizar um movimento. Os artistas, no palco, fazem tudo como se estivessem caminhando. É isso que queremos", completou Nellie.
 
Além de ter boas coreografias e uma maior consciência artística, segundo a ex-atleta, é necessário um bom calendário de competições. "É importante que as ginastas disputem provas ao longo do ano. No Brasil, não há competições suficientes, então elas têm que ir para fora, mesmo as mais jovens. Além de ganharem experiência, ficarão mais conhecidas no mundo da ginástica. Quando chegarem a um Mundial, às Olimpíadas, é preciso que elas já tenham um nome conhecido", opinou. "A ginástica não é como a natação e o atletismo que o atleta depende de um cronômetro. Nessa modalidade, é preciso ‘vender seu produto’,mesmo antes das grandes competições", concluiu Nellie.
 
Nellie Kim e suas medalhas - A ex-ginasta é um dos maiores nomes da modalidade na história, e tornou-se uma grande adversária da romena Nadia Comaneci, em duelos que marcaram a ginástica mundial. Kim começou no esporte aos 12 anos e se aposentou aos 23, logo após os Jogos Olímpicos de Moscou-1980. A ex-atleta, filha de um coreano e uma tajique, nasceu no Cazaquistão, ex-território da antiga União Soviética, em 29 de julho de 1957. Em 1999, entrou para o Hall da Fama da ginástica mundial e atualmente pertence ao comitê técnico de ginástica artística feminina da Federação Internacional de Ginástica (FIG).
 
A experiência de Nelie Kim é peça fundamental durante o ciclo olímpico que leva aos Jogos do Rio/2016. Kim fará o acompanhamento e todo conteúdo técnico das séries e coreografias desenvolvidas pelas ginastas do CEGIN, deixando-as preparadas para as principais competições internacionais. A primeira passagem pelo CEGIN ocorreu em setembro de 2012 e a medalhista olímpica deverá vir mais vezes ao Brasil para acompanhar o desenvolvimento das atletas.

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