Diego fala de sexualidade e quedas olímpicas: 'me achava invencível'

Rio de Janeiro - Um dos maiores expoentes da ginástica artística brasileira acabou perdendo, nos últimos anos, espaço precioso nas editorias de esporte Brasil afora. Bicampeão mundial no solo, Diego Hypolito passou por um longo período de depressão, até retornar recentemente. 

 

O atleta comentou os momentos difíceis que passou e outros assuntos pessoais, como sua sexualidade e os tombos que levou nas Olimpíadas (Diego caiu nas apresentações em Pequim-2008 e Londres-2012), em entrevista para o Fantástico, da Rede Globo, no último domingo. 

 

"Ser famoso já me deslumbrou um pouco. Eu achava que era invencível, mas ninguém é invencível. Eu me senti muito envergonhado (quando caí), queria muito ganhar, vi que não consegui e tudo mudou muito. Eu só queria o abraço da minha mãe", disse, quase chorando.

 

Diego afirmou que se sentiu muito mal depois dos tombos, envergonhado. "Me sentia pior que um criminoso, foi uma morte para mim, demorei para me reerguer como pessoa. Depressão acham que não é verdade, eu também achava, até eu passar por uma. Não conseguia dormir, não conseguia dirigir, treinar", completou.

 

No quadro "O que vi da vida", o entrevistado ainda ousou falar sobre sua sexualidade. "Ser ginasta já faz muitas pessoas intrigarem, perguntarem, todo mundo procura querer saber, as pessoas mais conhecidas. Entendo que cada um acha o que quiser, tem direito de pensar, eu não ligo", explicou. 

 

Logo depois o ginasta emendou, se dizendo inconformado com a repercussão de quando Lais Souza disse que tinha uma namorada, após seu acidente treinando para os Jogos de Sochi 2014. "As pessoas estão se preocupando se ela é gay ou não, e ela está tetraplégica. Estão preocupados com sexualidade. Sendo que ela é exemplo para crianças", concluiu.