Sérgio Sasaki se sente pronto para ajudar equipe na Rio 2016

Sasaki garantiu o décimo lugar no individual geral em Londres  / Foto: Ricardo Bufolin/CBG

Santo André - A expectativa da Seleção de Ginástica Artística Masculina para os Jogos Olímpicos são as melhores possíveis. Com a equipe completa já garantida na principal competição do ciclo, a meta agora é trabalhar para conseguir bons resultados no Rio de Janeiro. 
 
A vaga histórica foi conquistada no último Campeonato Mundial, em 2015, na Escócia, e o Brasil conseguiu o feito sem a ajuda de um importante integrante do grupo: Sérgio Sasaki. Um fato positivo de tudo isso foi mostrar que a equipe está completa e com ginastas que podem suprir a falta do outro diante de algum imprevisto. Este ano, já totalmente recuperado das lesões, Sasaki reforçou o grupo e pode ser um elemento importante na busca por medalhas. 
 
No ano passado, o atleta, que em 2012 conquistou a melhor posição para o Brasil em Jogos Olímpicos no individual geral (décimo lugar), sofreu com duas lesões e não pôde representar o País. Em janeiro, o paulista teve que passar por uma cirurgia no joelho direito e, mais tarde, em agosto, teve uma lesão no tendão longo do bíceps do braço direito. Foi um período difícil, mas que já ficou para trás na vida do ginasta. Agora, o foco é 100% o de integrar a equipe no Rio 2016. 
 
"Ano passado não competi nenhuma vez. Acho que foi o pior ano da minha carreira, mas também me ajudou. Ganhei mais maturidade para concentração de treino e me deu mais motivação. Agora estou voltando. Ainda não tenho expectativa de ganhar alguma competição. Quero me superar um pouquinho a cada dia e pensar sempre nos Jogos Olímpicos. Não vou negar que quero ser medalhista, mas antes disso preciso treinar muito", revelou Sasaki.
 
O que o atleta chama de trabalho não quer dizer somente voltar à melhor forma nos aparelhos, mas sim em todos os sentidos: físico, psicológico e estratégico. "Quero voltar a minha melhor forma, mas estou feliz por estar aqui. Não existe motivação maior do que competir uma Olimpíada em casa. Quero muito trazer uma medalha e competir bem. Estou dando tudo de mim todos os dias, nos treinos, na alimentação, enfim, em tudo. Isso é importante", garantiu. 
 
O ginasta conta que está fazendo tudo de forma gradual para não sofrer novas lesões, como aconteceu no ano passado. "Quando lesionei o joelho, comecei a treinar muito com o braço e acabei machucando o ombro. Senti um pouco de medo quando voltei, mas estou melhor a cada dia. Faço fisioterapia, o que me dá mais confiança. Tenho conversas com os técnicos e fisioterapeutas para que eu faça tudo certinho. Esse período foi um teste de paciência. Ver todos os atletas se preparando para um Mundial, além de estarmos às vésperas dos Jogos Olímpicos e estar de mãos atadas foi difícil. O tempo foi o melhor remédio. Foi um aprendizado." 
 
No entanto, apesar de não ter integrado o grupo que foi ao Mundial de Glasgow, Sasaki garante que a conquista foi tão importante para ele como se estivesse lá. "Me sinto parte da equipe que classificou o Brasil para o Rio 2016 e eles me fazem sentir parte disso. Entre todos que treinam aqui, um move o outro, seja em uma competição individual ou por equipe. Um incentiva o outro a treinar mais. Quando um está cansado e outro está treinando mais, é um incentivo porque todos querem estar na equipe que irá aos Jogos. É uma competição sadia e isso é bom para a equipe. Somos uma família e temos que estar unidos sempre. Foi por isso que conseguimos essa classificação. Eu não estava lá, mas temos atletas com boa qualidade para substituir qualquer um", encerrou. 
 
O próximo passo para Sasaki é voltar à competir e, segundo ele, a previsão é que participe do DTB na Alemanha, já em março, na sequência o evento-teste em abril e, possivelmente, a Copa do Mundo de São Paulo (SP).
 

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