Ex-namoradas são amigas e buscam título juntas pela Dinamarca

Dinamarquesas disputam bola / Foto: Getty Images

Rio de Janeiro – Se você acha difícil terminar uma relação amorosa e continuar amigo do seu ex, precisa conhecer a história de duas jogadoras de handebol da seleção dinamarquesa, Kristina Kristianse e Mette Gravholt.
 
Ex-namoradas, as atletas acabaram se tornando melhores amigas hoje, e contribuem para o sonho da Dinamarca de conquistar o título do mundial de handebol que sedia atualmente. Armadora e pivô, respectivamente, as jogadoras mostram o quão bem o país nórdico recepciona os cidadãos LGBTs.
 
"Nós fomos feitas para ser amigas, e não namoradas. Só precisávamos descobrir isso. E desde então nós temos sido muito amigas. Uma não consegue ficar sem a outra. É tão bom que a gente possa ficar junto", disse Mette ao jornal Ekstra Bladet em 2013, no Mundial da Sérvia.
 
Namoradas por um ano, Kristina e Mette dividem hoje a mesma quadra na seleção, o mesmo clube local e o até o mesmo quarto na concentração de equipe. No Mundial, estão ainda mais unidas para deixar em casa um título que a Dinamarca não conquista desde 1997.
 
"Eu acho que as meninas do handebol estão em uma posição especial neste sentido. Elas têm um longo histórico de lésbicas nos times. Isso acontece desde os anos 1990 e explica porque as pessoas lidam com isso naturalmente", declarou Christian Bigom, vice-presidente do clube Pan Idraet, focado na comunidade LGBT, em Copenhague.
 
Mesmo namorando outras pessoas hoje, Kristina e Mette continuam tendo uma relação de amizade estreita e as atuais parceiras não se importam com isso. "Se você é minha namorada, é também semi-namorada da Mulle [apelido de Kristina]. É como que o meu pacote. É minha família, minha irmã", afirma Mette.
 
"A história delas é muito interessante, elas são muito grudadas. A ligação que elas têm dentro de quadra é muito forte, não preciso nem te falar que você vai ver. No começo dessa temporada cada uma teve de se apresentar. A Mette falou da história dela. De que saiu da segunda divisão, foi jogar na primeira com o treinador que ela está há oito anos e que namorou a Mulle e hoje elas são muito amigas. E todo mundo sabe de tudo", analisa a goleira brasileira Babi, do mesmo clube que as ex-namoradas.
 
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