Jéssica Quintino tem grande expectativa para Seleção de Handebol

Para ela, momento de transição vivido pela equipe tem papel fundamental para a sequência do trabalho / Foto: Cinara Piccolo/Photo&Grafia

São Paulo - O amadurecimento e o ganho de segurança foram fundamentais para a ponta direita da Seleção Feminina de Handebol, Jéssica Quintino, neste bom momento que ela tem vivido na carreira.
 
Mesmo que em algumas circunstâncias esse amadurecimento não tenha vindo de forma fácil, tudo que passou fez com que hoje ela seja uma das atletas brasileiras de mais destaque na Europa. Mesmo eleita como a melhor na posição na Dinamarca, onde joga atualmente, ela acredita que ainda tem bastante a evoluir.
 
Neste fim de semana, Jéssica integra o grupo de 21 jogadoras convocadas pelo técnico interino Sérgio Graciano para a disputa do III Torneio Quatro Nações. Com a ausência das duas veteranas na ponta direita, Alexandra Nascimento e Célia Costa, a paulista assume uma responsabilidade ainda maior. "Não quero deixar que o fato de estar na Seleção agora sem Alê e Célia seja uma pressão a mais. Estou aqui porque mereço estar, trabalhei para isso, aprendi muito com duas pontas muito boas que representaram muito bem nosso País, jogadoras que me fizeram crescer dentro da Seleção. Tenho que continuar evoluindo e manter o trabalho que elas fizeram é o mais importante para mim", garantiu.
 
Na Europa, Jéssica começou a ganhar destaque na Polônia e agora, com uma sequência excelente no Odense, da Dinamarca, a tendência é crescer ainda mais. "Acho que minha saída para a Europa fez com que eu crescesse muito. A Polônia foi meu primeiro país europeu. Comecei em uma equipe boa, que já tinha um treinador estrangeiro, e isso me fez evoluir bastante. Tive uma lesão no joelho e fiquei afastada muito tempo. Isso me fez ver o handebol de fora das quadras e ver o quanto eu amo jogar, o quanto me faz feliz. Me motivei mais, me preparei muito para a minha volta, sempre pensando que eu ia tentar ser a melhor em tudo o que eu fosse fazer", revelou Jéssica.
 
Ela afirma que o período na Polônia foi primordial, pois o volume de jogo era grande e isso a fez crescer. "Tive a proposta de ir para o time campeão da Polônia, que defendi a temporada passada. Jogava 60 minutos, joguei a Champions League, isso me fez crescer muito e ganhar muita experiência. Melhorou minha confiança e me fez enxergar que com trabalho, suor e dedicação sempre podemos mais."
 
Do reconhecimento em solo polonês à equipe na Dinamarca foi um salto natural e também a realização de um sonho para a ponta direita. "A Dinamarca é um país que eu sempre admirei muito. A cultura deles em relação ao handebol, a liga que é muito forte e equilibrada. Era um dos meus sonhos jogar na Liga Dinamarquesa. Tive uma proposta de jogar em uma equipe que não estava em uma boa colocação, mas que tinha um projeto muito bacana, com um treinador que admiro muito que é o Jan Pytlick, bicampeão olímpico, então, pensei que ele conseguiria fazer com que eu evoluísse mais. Sempre precisamos de uma pessoa acima de nós que nos faça dar o melhor. Ele está sempre no meu pé e ser a melhor ponta direita da Dinamarca era um dos nossos objetivos, porque ele viu que eu tinha condições de ser", contou Jéssica.
 
Por isso, a escolha como melhor ponta direita do campeonato foi um grande presente depois de todo o esforço e foco da brasileira. "Fiquei muito feliz e orgulhosa de ter sido escolhida pro All Star Team. É uma liga muito equilibrada, com um nível muito difícil. Nunca se sabe qual equipe vai ganhar. Conta com jogadoras eficientes e competentes e estar nessa lista pra mim foi muito gratificante, um reconhecimento do meu trabalho. Me faz ver que estou no caminho certo."
 
Com a Seleção desde quarta-feira, ela acredita que o grupo renovado possa fazer um bom trabalho e, se depender dela, as mais jovens terão todo o apoio que necessitam. "Acho muito importante trazer positividade, determinação e vontade de crescer. Esse período de transição é fundamental para nos unirmos e nos ajudarmos. A coletividade vai ser muito importante. É algo que aprendi muito na Dinamarca e quero trazer pra cá. Temos que nos ajudar para evoluir", garantiu a paulista. "Vai ser muito bacana poder trabalhar com o Graciano de novo. Trabalhei com ele duas temporadas em Blumenau. É um treinador que gosto e admiro muito", encerrou.
 
No torneio, hoje, às 18h45, o Brasil enfrenta a República Dominicana no ginásio poliesportivo Adib Moyses Dib, em São Bernardo do Campo (transmissão SporTV2) e amanhã, às 9h, joga com Portugal (TV Globo).
 
Programação e resultados - Torneio Quatro Nações e amistoso
 
Sexta-feira (9)
Portugal 26 x 14 República Dominicana (SporTV)
Brasil 40 x 13 Chile
 
Sábado (10)
15h30 - Portugal x Chile
18h - Brasil x República Dominicana (SporTV)
 
Domingo (11)
9h30 - Brasil x Portugal (Esporte Espetacular)
14h30 - Chile x República Dominicana
 
Terça-feira (13)
19h30 - Brasil x Portugal - AMISTOSO INTERNACIONAL
 

Eventos esportivos / Entidades Mundiais

Rugby campeão

Brasil é campeão do Sul-Americano 6 Nações

 
 

 

 
Mascotes

Mais lidas da semana

Curta - EA no Facebook