Maik Santos sonha com as quartas de final

Goleiro da seleção masculina de handebol está confiante em um bom desempenho no Rio de Janeiro / Foto: Saulo Cruz/Exemplus/COB

Rio de Janeiro - Único jogador da seleção brasileira de handebol que já disputou uma edição dos Jogos Olímpicos, em Pequim /2008, o goleiro Maik Santos é o mais experiente do grupo comandado pelo técnico espanhol Jordi Ribera.
 
Aos 35 anos, o jogador está confiante no desempenho de seu time nos Jogos Olímpicos Rio 2016, embora reconheça as dificuldades que terão pela frente. O Brasil estreia no próximo domingo, dia 7, contra a Polônia, na Arena do Futuro.
 
"Queremos lutar por uma classificação, chegar às quartas de final, o que já será um feito histórico para o handebol brasileiro, que não tem tradição em resultados olímpicos. Mas sabemos que será uma missão difícil. São dois grupos de seis seleções cada um, reunindo os melhores da modalidade. Mas todo o time está focado e confiante. Talvez, por ser mais velho, possa passar um pouco mais de confiança em quadra", afirmou Maik, casado com Lucila Vianna, que foi capitã da seleção brasileira de handebol por dez anos.
 
O handebol, aliás, corre na veia da família Santos. Sua filha mais velha, Giulia, é lateral-esquerda e seus três irmãos também são praticantes da modalidade. Do mais velho, o Marcão, também goleiro, foi de quem herdou o gostinho pela posição. "Ele está com 40 anos e continua fechando o gol do Pinheiros", brincou. "O handebol me abriu as portas. Saindo da periferia, encontrei na modalidade muitas oportunidades de crescimento. Estudei e construí minha família. A modalidade foi meu instrumento de trabalho que deu certo e que me ajuda muito até hoje".
 
Sobre a Polônia, adversário de estreia, Maik avalia que é uma equipe muito forte, experiente. "Eles normalmente ficam entre os seis primeiros entre as grandes potências em competições internacionais. Tivemos a oportunidade de jogar um torneio não-oficial contra eles, em 2015, e surpreendemos. Fizemos um jogo muito equilibrado e conseguimos a vitória pela diferença de um gol no minuto final. Não podemos deixá-los gostar do jogo e abrir no placar. Uma vitória no início dos Jogos será uma grande motivação".
 
O técnico Jordi Ribera, que retornou à equipe nacional em 2012, após ter sido técnico do Brasil no ciclo de 2004 a 2008, lembra que, além da Polônia, as seleções de Eslovênia, Alemanha, Egito, Suécia, os outros adversários do grupo B, também exigem respeito e muito cuidado.
 
"A Alemanha, por exemplo, é a atual campeã européia. O Egito varia muito seu sistema defensivo e tem um bom goleiro. Há um equilíbrio entre todos os integrantes do grupo", disse.
 

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