Peça histórica do hand no Brasil, Chana já é quase “dinamarquesa”

Conhecida do Brasil, Chana sonha com Rio 2016 / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro – Depois de 15 temporadas dedicadas ao handebol na Europa e aos 36 anos, a ex-goleira da seleção brasileira Chana está prestes a se tornar “dinamarquesa”. Há sete anos no país sede do atual torneio mundial da modalidade, a brasileira espera conseguir o visto com vistas à Rio 2016.
 
"Com oito anos aqui eu ganho visto permanente. Ganho direito aos benefícios que os dinamarqueses têm e consigo fazer o curso de treinador para poder trabalhar no futuro. Eu estou bem aqui. Recusei proposta do Buducnost [de Montenegro, atual campeão da Liga dos Campeões de handebol] para ficar. Todo mundo me chamou de louca", conta a ex-atleta.
 
Hoje casada com um dinamarquês, Chana adotou um brasileiro de 17 anos e vive em Odense, na Dinamarca, onde joga pelo clube de mesmo nome. Seu histórico como goleira de handebol passa pela Espanha, Alemanha e, finalmente, Dinamarca, país ao qual ela ainda acredita ter o que oferecer como atleta.
 
Modesto e sem muita exaltação, seu atual time lhe oferece uma chance de um emprego após a aposentadoria, e os números justificam o interesse do Odense em Chana. Com 38% de aproveitamento nas defesas, a goleira é considerada a sexta melhor da Liga Dinamarquesa, mesmo com seu clube estando na antepenúltima colocação na tabela.
 
Deixada de fora da lista de convocação do técnico Morten Soubak após os Jogos de Londres 2012, Chana não guarda mágoas."Eu sempre tive a personalidade forte, e eu acho que ele queria que o grupo todo fosse forte. Nós nunca falamos sobre isso. Nos encontramos só duas vezes depois de Londres. Eu entendo e respeito muito ele, acho que faria igual se fosse técnica. Só que estou aqui para mostrar que mudei, que sei ser só mais uma. Eu quero ir para o Rio ano que vem", declara, em entrevista ao UOL.
 
Mas para 2016, a ex-goleira do Brasil ainda tem expectativas, e sonha em estar em quadra, mais do que tudo."Eu quero ir para jogar. Se não der certo eu posso pensar. Em todo caso, eu faço parte da Comissão dos Atletas do COB [Comitê Olímpico Brasileiro], então vou estar lá. Mas meu desejo é estar em quadra. Tenho condições e vou tentar mostrar isso", conclui.
 
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