Nova estrela do CCE estreia em 5º e já almeja Rio 2016

Gabriel Cury com Grass Valley; na abertura da competição considerada o triatlo equestre com Adestramento, Cross Country e Salto / Foto: Divulgação / CBH

Rio de Janeiro - Jovem cavaleiro brasileiro já é considerado “o novo astro brasileiro do CCE” pela mídia inglesa, após terminar em quinto lugar o CCI 3* sub-25 de Bramham, entre 6 e 8/6, e conquistar a vitória na classificação por duplas.
 
Os últimos meses foram de uma primavera trabalhosa e intensa para os cavaleiros da equipe brasileira de Concurso Completo de Equitação que estão treinando na Inglaterra sob o comando do medalhista olímpico neozelandês Mark Todd, preparando-se para os Jogos Equestres Mundiais 2014, entre 23/8 e 7/9, na França.
 
Marcio Jorge, Marcelo Tosi, Carlos Paro, Henrique Pinheiro e o jovem talento Gabriel Cury estão desde abril em uma rotina ininterrupta de concursos, preparando-se e dando milhagem e experiência aos seus cavalos competindo nas categorias superiores e com os maiores nomes mundiais do esporte.
 
Na última competição no CCI 3* de Bramham, o destaque brasileiro foi o jovem talento Gabriel Cury, 20, bem sucedido cavaleiro de salto nas categorias de base e que agora se dedicada com afinco ao Concurso Completo.O CCI 3* de Bramham é uma das mais importantes e tradicionais provas de Concurso Completo da Inglaterra, sempre citada junto com os outros “grandes eventos B” daquele país - Badminton, Burghley e Blenheim. O percurso de cross é técnico e difícil, considerado um “três estrelas e meio”, ou seja, preparação para os 4 estrelas que são o nível máximo do esporte.
 
Gabriel competiu na categoria reservada a cavaleiros com idade inferior a 25 anos que teve exatamente as mesmas características e dimensões da principal. Esta prova, que nesta sua décima edição contou com 22 inscritos, já é considerada uma importante vitrine para os grandes nomes futuros do CCE internacional.
 
Mas Gabriel não se deixou impressionar pelo ambiente intensamente competitivo, e pilotou seu Grass Valley com muita confiança, mostrando habilidade e experiência bem acima da média para sua idade. Antes de optar, agora em tempo integral, pelo Concurso Completo, Gabriel foi um bem-sucedido cavaleiro de salto, o que também colaborou para que ele rapidamente avançasse no CCE das categorias de base até integrante da nossa equipe principal. Seu cavalo principal, o experiente Grass Valley, já foi montada de Mark Todd em Badminton e no WEG de Kentucky em 2010.
 
“Hoje me dedico 100% ao CCE. Comecei a montar aos sete anos na Escola de Equitação Guega, em Ribeirão Preto. No salto, tive alguns títulos importantes como campeão paulista e brasileiro na categoria pré-junior (1,30), bronze sul-americano individual e ouro por equipe. Na categoria Junior (1,40) fui campeão paulista e tetracampeão brasileiro por equipes, além de campeão sul-americano júnior por equipes. Também tive alguns bons resultados em grande prêmio. Comecei no CCE em 2012, fazendo algumas provas de um metro", conta Gabirel.
 
"Em 2013 fui à Europa ficar algum tempo montando com Mark Todd, quando acabamos adquirindo o Grass Valley, que está sendo muito importante na minha carreira. Ainda no ano passado, fiz um CCI 1*, um CIC 2* e um CCI2*. Já este ano fizemos um CIC 3* e um CCI3* e assim, o Grass Valley me levou em um ano da série 1 metro para um CCI 3*!", acrescenta o jovem talento, revelando seu entusiasmo.
 
"Com certeza estar entro os melhores do mundo é muito bom, pois aprendemos bastante assistindo eles e competindo com eles. Bramham certeza foi a prova mais difícil que já saltei no CCE. Fui um dos últimos a largar no cross, já havia muitas eliminações e quedas, e tudo isso foi me deixando tenso! Mas no fim deu tudo certo, meu parceiro Grass Valley e eu fizemos uma boa apresentação. Na prova de duplas, a amazona britânica Izzy Taylor e eu viramos na liderança após o cross, e mantivemos a posição no salto, sendo campeões - claro que fiquei muito feliz com isso", garante Gabriel, que ainda revela os próximos passos.
 
"Para o segundo semestre, meus planos incluem ficar mais um tempo baseado com Mark Todd, ir fazendo provas e procurar evoluir cada vez mais pra conseguir chegar ao ano da Olimpíada com chance de poder ajudar o Brasil a fazer um bom resultado. Quero agradecer muito à minha família, ao Mark, ao Grass Valley e também ao apoio da CBH, do COB e do Ministério dos Esportes, sem o que tudo isso não poderia estar acontecendo.”
 
 

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