Desterro é o campeão da primeira etapa do Super Sevens

Desterro comemorou a vitória / Foto: Luiz Pires / FotojumpSão Paulo - O Desterro conquistou neste domingo (1/7), em São José dos Campos, a primeira etapa do Super Sevens - Circuito Brasileiro de Rugby Feminino. As catarinenses venceram a equipe do Niterói na final por 19 a 0 e levantaram a taça do torneio exclusivo para mulheres de forma invicta. Em terceiro lugar ficou o SPAC, atual campeão brasileiro, que derrotou o Bandeirantes por 14 a 0. Também participaram da primeira etapa as equipes do São José, Charrua, BH, Urutau, Pasteur e Jacareí, que sustituiu o time da USP, que não pode comparecer ao evento.

A final do torneio começou bem equilibrada, mas o Niterói cometeu alguns erros de passe, o que possibilitou ao Desterro abrir o marcador com um try, não convertido, da capitã, Julia Sardá. Alguns minutos depois, novo try da equipe de Florianópolis, dessa vez com Maíra da Ros, convertido por Taís Balconi. O Niterói pressionou no final da primeira etapa, mas foi para o intervalo em desvantagem no placar. No segundo tempo, as fluminenses tentaram se recuperar, mas o desgaste provocado pelas cinco partidas realizadas antes da final pesaram. O preparo físico das jogadoras foi uma das vantagens do Desterro, que marcou um novo try com Beatriz da Silva, convertido por Renata da Silveira, e segurou o placar em 19 a 0.

"Usamos bem as nossas 10 atletas, porém conseguimos manter esse nível porque não perdemos ninguém por lesão e todas mostraram boa resistência. Mas não foi nada fácil chegar até aqui. Acredito também que aproveitamos melhor as oportunidades e que erramos menos que as demais equipes. Conforme os jogos finais se aproximavam o nível técnico aumentava, então a margem para errar era cada vez menor e conseguimos administrar melhor isso. Porém, sabemos que temos que dar continuidade ao nosso trabalho, pois os times vão melhorar com o decorrer do evento e nós temos que acompanhar essa evolução", comenta Pedro Oliveira, treinador do Desterro.

Contudo, o vice-campeonato é só o começo para as meninas do Niterói, que pretendem se recuperar nas próximas etapas. Além disso, o Super Sevens mostrou-se uma grande preparação para o campeonato nacional, que será disputado no fim do ano. "Para nós que não temos esse nível de jogo regionalmente, o circuito serve como um parâmetro para o que vamos encontrar e também para estudar melhor nossas forças e fraquezas. Hoje, por exemplo, vimos que temos que trabalhar melhor a defesa, tivemos falhas na movimentação, e precisamos de um tackle mais efetivo. Mas nossa equipe também está se renovando, algumas jogadoras que não vieram nessa etapa certamente aparecerão nas demais para continuarmos na busca pelo título", explica o técnico Daniel Aiello.


Aprendizagem - Uma das principais propostas do Super Sevens é dar vivência às atletas. A experiência adquirida de jogar entre as melhores equipes do país enriquece todas as jogadoras, em especial as que estão no começo. "Esse é o nosso primeiro evento nacional e foi um ótimo aprendizado para todas. Nossa equipe tem apenas dois anos, vimos que existe sim uma grande diferença técnica entre os times mais experientes, porém nada que a gente não possa alcançar com um trabalho bem executado", diz André Ricardo Prestes, treinador do Urutau, do Paraná, convidado da etapa.

Mesmo as jogadoras que atuam há mais tempo sabem que esse novo desafio irá desenvolver ainda mais o rugby feminino no país. "Até o ano passado nós jogávamos um torneio por ano e agora com o Super Sevens podemos aprimorar cada vez mais. Essa iniciativa só ajuda a completar e ampliar o time brasileiro para 2016. Inclusive, para a atuação do Brasil no exterior, primeiro temos que melhorar nossas condições locais e esse foi um grande passo para que isso aconteça", relata Julia Sardá, atual capitã da seleção brasileira.


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