Estreante, Rúgbi de 7 feminino sonha fazer história no Rio 2016

Seleção brasileira é primeira na América do Sul e décima no ranking mundial / Foto: Alexandre Castello Branco

Rio de Janeiro - Mesmo sendo um esporte centenário no país, a esmagadora maioria da população brasileira desconhece as regras e toda mecânica de uma partida de rúgbi. Após uma curta participação entre os Jogos de 1900 e 1924, ambos realizados em Paris, o rúgbi de 15 deixou de ser modalidade olímpica e só voltou 92 anos depois (em nova versão) nos Jogos Rio 2016.
 
Bronze no Pan Toronto 2015, líder do ranking sul-americano e top 10 do mundo, a seleção feminina de rúgbi de 7 sonha alto e quer fazer história jogando em casa nesta Olimpíada.
 
Mas a caminhada não será fácil para as cativantes meninas brasileiras do rúgbi de 7 que estreiam às 12h do dia 06/08, contra a Grã-Bretanha, no Estádio de Deodoro. Este grupo C do torneio ainda conta com Canadá e Japão. Para a half-scrum Edninha, o adversário mais difícil nesta primeira fase será a seleção canadense. "Sem dúvida, a maior potência desta chave. Com relação ao Japão existe um nivelamento. Mas nosso foco está nas britânicas, pois uma boa estreia nos fará sonhar ainda mais alto com um bom desempenho nesta Olimpíada e, quem sabe, até com uma medalha", enfatizou Edninha.
 
O anúncio da inclusão do rúgbi de 7 nos Jogos Rio 2016 mexeu com a cabeça das atletas brasileiras. A pilar Júlia revelou que desde pequena nutria o sonho de disputar uma Olimpíada. Agora, este momento chegou. "Minha mãe sempre foi uma mulher viciada em esportes olímpicos e eu herdei isso dela. Aos 4 anos já sonhava com uma Olimpíada e foi então que comecei no atletismo. Mais tarde a paixão pelo rúgbi aflorou dentro de mim. Mas nunca imaginei que estaria disputando este esporte numa Olimpíada", confessou Júlia.
 
Sobre a importância do crescimento do esporte no Brasil, Júlia traçou um importante paralelo sobre as seleções masculina e feminina. "O rúgbi feminino no Brasil já começou na modalidade sete e ele cresceu junto com as demais seleções sul-americanas. Talvez por isso esteja hoje numa melhor posição dentro do ranking mundial. Nós jogamos contra filhas de jogadoras, enquanto eles enfrentam bisnetos de jogadores", comparou Julia.
 
A half Izzy comentou o caso do safety Nate Ebner, jogador do New England Patriots, time que disputa a NFL (Liga de Futebol Americano) nos Estados Unidos. Ebner, que tem um salário anual de US$ 1,2 milhão, pediu dispensa da pré-temporada dos Patriots para realizar seu sonho olímpico de fazer parte da seleção norte-americana de rúgbi de 7 que disputará os Jogos Rio 2016. "Isso mostra a paixão por este esporte, justamente a mensagem que queremos passar ao povo brasileiro nesta Olimpíada", finalizou Izzy.
 
 
 

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