Lenda do rugby que chocou Mandela morre aos 40 anos
Rio de Janeiro – Se o rugby é como é hoje, profissionalizado e um sucesso em dezenas de países, boa parte disso se deve a um jogador: Jonah Lomu. Por isso sua morte inesperada, ocorrida nesta terça-feira, deixou o esporte de luto. Aos 40 anos, o ex-jogador dos All Blacks, considerado um dos melhores da história, deixa um legado incomparável.
"Estamos chocados e muito tristes com a morte súbita de Jonah Lomu. Ele era uma lenda do nosso esporte e amado por seus muitos fãs, tanto aqui como em todo o mundo. Estamos sem palavras, e enviamos as nossas sinceras condolências para a família de Jonah", afirmou o chefe executivo da Confederação de Rugby da Nova Zelânida, Steve Tew, em comunicado.
A morte do ex-atleta foi inesperada, mas ele vivia com uma doença rara desde o fim da década de 90. Não à toa precisou se aposentar tão cedo, aos 27 anos, em 2002. Lomu tinha síndrome nefrótica, um raro problema que prejudicada o funcionamento dos rins e deixava baixo os níveis de proteínas no sangue.
A doença causou graves danos à vida de Lomu, que se sentia cada vez mais prejudicado. No auge da sua forma, conseguia correr os 100m em 10.8 segundos. Com o avanço da síndrome, constantemente afirmava ter dificuldades para correr e levava dias para se recuperar de uma simples sessão de treinos.
Lomu chegou a fazer um transplante de rim em 2003, mas há poucos anos começou a ter problemas novamente, o que o levou a buscar um novo transplante. O atleta lamentava nunca mais voltar à sua forma, mas também se preocupava em passar uma mensagem positiva, relembrando sua história áurea e única.
Eleito o primeiro grande astro do rugby, Lomu foi vice-campeão mundial com os All Blacks em 1995. Perdeu apenas para a sede, África do Sul, na final, mas impressionou a todos, inclusive Nelson Mandela, então presidente do país. Marcou sete tries no torneio e foi eleito o melhor jogador da Copa do Mundo.
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