Seleção brasileira inaugura quadra de rugby na Praia de Copacabana

Jogadores da seleção brasileira de rugby sevens fazem um aquecimento com crianças durante a inauguração da quadra do esporte na Praia de Copacabana / Foto: Alex Ferro / Comitê Rio 2016

Rio de Janeiro - O tempo fechado da manhã desta quarta-feira no Rio de Janeiro não encobriu o ânimo dos atletas das seleções brasileiras masculina e feminina de rugby durante a inauguração do primeiro campo do esporte numa praia do Brasil. Na Avenida Atlântica, em Copacabana (na altura da Avenida Princesa Isabel), já está à disposição do público, de graça – e assim ficará até, pelo menos, o fim de 2016 – a quadra de 30m x 25m, com duas traves de ferro em formato “H”, com 6,40m x 5,60m.
 
“Difundir o rugby pelo Brasil sempre foi como escalar uma montanha, mas agora temos o equipamento certo, e justamente nas areias de Copacabana, a praia mais famosa do Brasil. Estamos vivendo um momento mágico, é um sonho que se realiza. Para os Jogos Olímpicos, o desafio é continuar construindo uma estrutura que possibilite receber os muitos interessados pelo esporte que iremos atrair. Porque o rugby é uma atividade que tem muito apelo com o público brasileiro: é um esporte divertido, onde o importante é o espírito de equipe”, comemorou Fernando Portugal, capitão da seleção masculina de rugby sevens.
 
Além dos atletas – que estrearam o campo “batendo bola” com crianças de projetos sociais voltados ao ensino do rugby –, a apresentação do campo reuniu representantes da World Rugby (Federação Internacional do esporte), da Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) e do Comitê Rio 2016, todos demonstrando entusiasmo com o retorno do esporte aos Jogos Olímpicos após 92 anos. 
 
“A final masculina do rugby no Rio 2016 teve os ingressos esgotados ainda no primeiro sorteio, mas isso para mim não foi surpresa, porque conheço o potencial do esporte dentro dos Jogos Olímpicos. Deodoro (sede do rugby no Rio 2016) tem uma mistura muito interessante de esportes, com modalidades mais tradicionais, como o hipismo, convivendo com outras mais radicais, com competições bem intensas, e o rugby é um grande exemplo desse tipo de atividade. Isso é a cara do brasileiro. O rugby está em casa”, disse Agberto Guimarães, diretor-executivo de Esportes e Integração Paralímpica do Rio 2016.
 
“O Brasil é uma potência no futebol porque, aqui, as crianças já nascem com uma bola debaixo do pé. A Confederação Brasileira de Rugby trabalha com uma visão de longo prazo para que as crianças também cresçam com uma bola debaixo do braço. Ações como esta visam à popularização do esporte principalmente entre jovens de 8, 9 anos, para que, quando eles cheguem aos 20, queiram se profissionalizar no rugby. O vôlei de praia e o futebol de areia que se cuidem: nós vamos invadir sua praia, literalmente”, brincou Sami Arap, presidente da CBRu.
 
Apesar de apenas representativa – o rugby de areia não possui traves, que são utilizadas somente no jogo sobre grama –, a quadra fica localizada numa área “nobre” da praia, a poucos metros da área onde, em 2016, será construída a arena temporária do vôlei de praia. Arap explica que o ponto foi escolhido porque ali já acontecem normalmente treinos do Guanabara Rugby Clube e Rio Rugby, duas agremiações cujos alunos participaram da inauguração da quadra. Abertos ao público em geral, os treinos ocorrem às terças e quintas-feiras, entre 20h e 22h.  
 
Ainda na tarde desta quarta-feira, o grupo de atletas e dirigentes do rugby irá a Deodoro realizar uma oficina do esporte para cerca de 500 crianças da região, como lançamento do projeto "Impact Beyond", promovido pela World Rugby, que pretende levar o esporte a 1.000 escolas públicas e privadas do Rio de Janeiro, alcançando cerca de 200 mil estudantes. 
 
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