SPAC é o campeão da primeira edição do Super Sevens

SPAC comemorou o título em casa com estilo "Usain Bolt" / Foto: Luiz Pires/Fotojump

São Paulo - Jogando em casa, na zona sul da capital paulista, o SPAC conquistou neste domingo (21) o título do Super Sevens - Circuito Brasileiro Feminino de Rugby, ao derrotar o São José na final pelo placar de 27 a 5. 
 
Com o primeiro lugar na etapa, o SPAC acumulou 87 pontos na classificação geral do Circuito, 10 a mais que o Desterro, vice-campeão com 77 pontos. Em terceiro, ficou o Niterói, com 56 pontos. São José (53), Bandeirantes (40) e Charrua (38), terminaram na quarta, quinta e sexta colocação respectivamente. Ainda participaram da última rodada do circuito as equipes do BH (MG), Urutau (PR), Vitória (ES), Rio Branco (SP) e Lions (SP), convidadas pela Federação Paulista de Rugby. O Super Sevens teve início no mês de junho, em São José dos Campos (SP), e passou pelas cidade de São Leopoldo (RS), Niterói (RJ) e Florianópolis (SC).
 
O campeão teve alguns tropeços no início da competição, mas aprendeu com os erros e acabou se recuperando gradativamente. Na abertura do circuito, o SPAC foi terceiro colocado. No Rio Grande do Sul, ficou com o vice-campeonato. Em Niterói e na capital catarinense, dois títulos consecutivos. Diante da sua torcida, uma campanha invicta para encerrar o torneio com chave de ouro. O time venceu Charrua, Vitória e Tornados na fase de grupos, na semifinal derrotou novamente o Charrua por 31 a 05, e na final foram cinco tries contra apenas um do São José.
 
"Algumas coisas não encaixaram no começo, mas perder nos incentivou a melhorar e chegar mais forte para decidir em casa, como aconteceu. Nadamos contra a maré e conseguimos alcançar nosso objetivo. O fato de ter uma equipe diversificada e com qualidade, ajudou a superar o cansaço e as dificuldades de um campeonato longo como esse. Todas as atletas representaram bem o clube e merecem esse título", comentou a capitã do SPAC, Vivian Gama.
 
Dia de surpresas - A última etapa do Super Sevens foi marcada por algumas "zebras" na fase eliminatória. Na semifinal da Taça de Prata, o Vitória, do Espírito Santo, surpreendeu o Bandeirantes e venceu por 10 a 5, decidindo a quinta colocação contra o Niterói, ganhando novamente, agora das cariocas, por 22 a 19.
 
"O resultado veio com muita garra. O time existe a menos de três anos, mas o diferencial foi que muitas jogadoras vieram de outros esportes e como já tínhamos um físico bem preparado, trabalhamos mais a parte técnica. Participar do circuito foi muito bom, pois uma coisa é praticar, outra é competir. A troca de experiências com atletas da seleção e enfrentar equipes tradicionais certamente nos ajuda a evoluir", contou Marcela Scalzer, capitã do Vitória.
 
Com três sextas colocações e um quinto lugar nas primeiras quatro etapas, as meninas do Charrua chegaram pela primeira vez à semifinal da Taça Ouro. As gaúchas não resistiram ao SPAC na semifinal, mas na disputa de terceiro lugar venceram o Desterro, até então líder do Super Sevens junto com o SPAC com 67 pontos, por 10 a 0. "Nos preparamos bastante para a etapa final. A cada rodada ganhamos mais confiança e ritmo. Aprendemos muito e chegamos na final mais entrosadas", revelou a capitã Juliana Oliveira.
 
Depois de vencer as duas primeiras etapas, conquistar o terceiro lugar em Niterói e ser vice-campeão em casa, o Desterro encerrou sua participação no circuito com um quarto lugar. Sem três atletas da seleção brasileira, a equipe catarinense aproveitou para dar vivência de jogo para as jogadoras mais novas, que nunca haviam disputado um campeonato nacional. 
 
"Para as estreantes foi uma ótima oportunidade. Com um campeonato muito longo, as jogadoras sentiram bastante o desgaste físico e isso acabou comprometendo o resultado final. O bom rendimento no início do torneio acabou nos garantindo o segundo lugar na classificação geral. Agora vamos trabalhar para classificar para o Brasil Sevens, que será em janeiro", disse o treinador do Desterro, Pedro Oliveira.
 
O São José também surpreendeu chegando a final do circuito. Em casa, o time terminou na quinta colocação. Nas etapas subsequentes acumulou dois quartos e um sexto lugar. Em São Paulo, venceu o Desterro nas semifinais e fez uma boa apresentação na final com o SPAC.
 
"A evolução é fruto de um trabalho coletivo. O time ganhou auxílio de um preparador físico e psicólogo e, melhorando esses detalhes, chegamos até aqui. Foi a primeira final importante do clube e contra uma equipe muito experiente, o que certamente motiva a melhorar cada vez mais", comentou Ignácio Ferreyra, treinador das joseenses.
 
CBRu comemora sucesso do Super Sevens - A Confederação Brasileira de Rugby (CBRu) está satisfeita com a primeira edição do Super Sevens. Os resultados das últimas etapas mostraram que as equipes estão evoluindo gradativamente e as jogadoras se desenvolvendo em um ritmo acelerado. Além disso, o objetivo de proporcionar mais vivência de jogo para a categoria feminina foi alcançado. 
 
"Chegamos ao final da primeira edição de um grande torneio nacional feminino da modalidade olímpica. Em 2013, manteremos o Super Sevens e tentaremos melhorá-lo, talvez aumentando a quantidade de etapas. As equipes estão de parabéns e esperamos ter contribuído para a preparação do Brasil Sevens, que ocorrerá em janeiro. Quanto mais as equipes femininas jogarem, mais forte será o rugby brasileiro. Cada Federação Estadual deve seguir o exemplo da CBRu e criar suas competições locais", comentou Sami Arap Sobrinho, presidente da CBRu. 
 
Confira a classificação da etapa 
 
1º SPAC
2º São José
3º Charrua
4º Desterro
5º Vitória
6º Niterói
7º Bandeirantes
8º BH
9º Rio Branco
10º Urutau
11º Lions
12º Tornados
 
Classificação final do Super Sevens 2012
 
1º SPAC - 87 pontos
2º Desterro - 77 pontos
3º Niterói - 56 pontos
4º São José - 53 pontos
5º Bandeirantes - 40 pontos
6º Charrua - 38 pontos
 

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