Lenda da maratona, Thomas Lurz sonha com despedida dourada nos Jogos Rio 2016

Thomas Lurz compete pela primeira vez nas águas de Copacabana neste fim de semana / Foto: Rio 2016 / Alex Ferro

Rio de Janeiro - Com 12 títulos mundiais e duas medalhas Olímpicas, o alemão Thomas Lurz é considerado o nadador de águas abertas mais condecorado de todos os tempos. Mas, aos 35 anos, ainda falta algo no seu currículo. “O ouro nos Jogos Olímpicos é a única coisa que falta na minha carreira e é meu último objetivo como profissional", declarou o atleta em entrevista ao site rio2016.com, enquanto se preparava para disputar o Desafio Rei e Rainha do Mar, na Praia de Copacabana, palco das provas das maratonas aquáticas nos Jogos Rio 2016.
 
"Vou parar de competir após os Jogos Rio 2016 e me despedir com um ouro neste cenário maravilhoso que é a Praia de Copacabana seria o desfecho perfeito para a minha carreira nas maratonas aquáticas ", acrescentou Thomas Lurz, que espera repetir o sucesso do seu país na Copa do Mundo da FIFA 2014.
"Os alemães têm tido sorte no Rio recentemente, então espero que eu possa contar com ela ao meu lado também daqui a dois anos”, brincou.
 
Especialista nas provas de longa distância, Thomas começou a nadar em águas abertas em 2001. Antes das maratonas aquáticas entrarem no programa Olímpico, representou a Alemanha na natação nos Jogos Atenas 2004, mas não chegou à final dos 1.500m. Quatro anos depois, em Pequim 2008, competiu na estreia das maratonas aquáticas e conquistou a medalha de bronze. Em Londres 2012, subiu uma posição no pódio, ganhando a prata, apenas três segundos e meio atrás do tunisiano Oussama Mellouli, seu principal rival.
 
Thomas já esteve no Brasil, em 2011, quando venceu as etapas da Copa do Mundo de maratonas aquáticas, em Santos (SP), mas é a primeira vez que compete no Rio de Janeiro. Maravilhado com a cidade, não esconde a empolgação para disputar a prova Olímpica nas águas de Copacabana.
 
“É definitivamente o lugar mais bonito onde já competi na minha carreira. O visual é maravilhoso, com uma bela praia cercada pelas montanhas, o clima é ótimo e o local de competição é tecnicamente ideal para a prática das maratonas aquáticas. Tem tudo para ser perfeito. Significa muito para as maratonas aquáticas, principalmente no sentido de promover o esporte, que a prova Olímpica aconteça em um dos lugares mais famosos do mundo”, diz o simpático alemão.
 
Com o objetivo bem definido, Thomas está focado agora nos Jogos Rio 2016. Para isso, em 2015, fará uma preparação voltada exclusivamente para o campeonato mundial de natação, em que serão definidos os 10 primeiros classificados para as provas de maratonas aquáticas dos Jogos Olímpicos.
 
“Em 2015, vou abrir mão de disputar as etapas da Copa do Mundo para me concentrar no Campeonato Mundial, que valerá vaga nos Jogos Rio 2016. Com a minha idade, acho que é melhor guardar as energias para o que é prioridade e, para mim, o mais importante é conquistar minha vaga nos Jogos Rio 2016”, explica o experiente alemão.
 
A vinda de Thomas ao Brasil foi comemorada pelo ex-atleta Luiz Lima, um dos principais nomes das maratonas aquáticas no país. Campeão Pan-americano em Winnipeg 1999, ele elogiou a trajetória do alemão e sua importância para o esporte.
 
“O Thomas é o maior atleta da história das maratonas aquáticas. Foi campeão mundial nos 5, 10 e 25km e tem duas medalhas Olímpicas. Já nadou e promoveu o esporte nos quatro cantos do mundo e funciona como um verdadeiro embaixador. Aos 35 anos, ainda quer vir ao Rio em 2016 e conquistar o ouro”, destaca o fundista brasileiro, que esteve nos Jogos Olímpicos de Atlanta 1996 e Sydney 2000, quando participou das provas de 400m e 1.500m, além do revezamento 4x200m estilo livre.
 
O Desafio Rei e Rainha do Mar, que acontece deste sábado (13) a domingo, é uma disputa internacional de duplas mistas, que conta com representantes de seis países: Brasil, Alemanha, Argentina, Espanha, Estados Unidos e Itália. Os principais destaques da prova, além de Thomas, são a brasileira Ana Marcela Cunha, o norte-americano Chip Peterson e o italiano Valerio Cleri, que participou do evento no ano passado, todos campeões mundiais do esporte.

 

 

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