Brasil é 2º no Raia Rápida com recorde sul-americano

Daniel Orzechowski venceu os 50 m costas, sua especialidade / Foto: Humberto Deveza / EA

Rio de Janeiro - O tempo não ajudou os nadadores que disputaram neste domingo o Desafio Raia Rápida, no parque aquático do Botafogo, no Rio. A baixa temperatura, juntamente à garoa e aos ventos fortes dificultaram a vida dos campeões que passaram pela piscina durante a manhã. As adversidades porém, não foram problema para a equipe australiana, que se sagrou campeã. Daniel Arnamnart, Christian Sprenger, Matt Targett e Matt Abood sobraram durante a prova final, do revezamento 4x 50m medley e deixaram com o Brasil a segunda colocação. 

"É uma competição muito difícil, mental e fisicamente. Porque normalmente a gente disputa só uma prova e acabou, mas com esse evento eliminatório a torcida fica muito mais empolgada e é ótimo pra assistir", declarou o campeão mundial Christian Sprenger, que além de ajudar a Austrália no revezamento, conquistou o título nos 50 m peito, deixando pra trás o brasileiro João Gomes Jr., 2º. 

A disputa do Desafio Raia Rápida funcionou de forma diferente do que costuma acontecer nos campeonatos de natação. Na competição, cada um dos quatro países (Austrália, Brasil, Estados Unidos e França) foi representado por quatro atletas, que competiram em provas individuais e no revezamento, sempre nadando no seu melhor estilo (borboleta, costas, peito e livre). Os atletas disputaram então provas eliminatórias, na distância de 50m. Os últimos colocados de cada prova foram sendo eliminados até que restasse apenas dois de cada estilo, que faziam, assim, a final de sua modalidade. Nesta primeira fase, a equipe vencedora em cada estilo somou 4 pontos, a segunda colocada, 3, a terceira, 2 e a última, 1 ponto.

A França surpreendeu negativamente as dezenas de torcedores que foram acompanhar a prova e foi eliminada logo na primeira bateria, em cada uma das quatro modalidades. A equipe, formada por Florent Manaudou (campeão olímpico), Giacomo D'Ortona, Fred Bousquet (campeão mundial) e Fabien Gilot transpareceu não ter dado o seu melhor na piscina do Botafogo. 

 

Brasil lidera com folga nas disputas individuais

No revezamento 4 x 50 m medley, o Brasil quebrou o recorde sul-americano / Foto: Humberto Deveza / EA

Já o Brasil, nessa primeira fase, viu Daniel Orzechowski bater o americano Adam Mania na disputa final dos 50 m costas, após este acidentalmente bater na raia em que nadava. Outro brasileiro que ganhou no seu estilo foi Nicholas Santos, nos 50 m borboleta, ao bater o australiano Matt Targett, campeão mundial do revezamento 4x 100m livre.

"A gente representou bem o País na competição. Sempre procurando dar os melhores tempos, mesmo sabendo que são quatro tiros. Às vezes é difícil dar o melhor tempo no primeiro tiro e não aguentar os outros", comentou Daniel, em referência as quatro vezes em que os atletas nadaram no Desafio, num intervalo de uma hora.

João Gomes Jr. disputou o 50 m peito e terminou na segunda colocação, enquanto que Alan Vitória, nos 50 m livre, não conseguiu chegar à final, vencida por Josh Schneider, dos Estados Unidos.

Após a primeira fase, de competições individuais, o Brasil estava em primeiro lugar, com nove pontos, seguido pelos EUA, com oito, Austrália, com sete e França, com quatro pontos. 

 

Revezamento tem quebra de marcas mundial e sul-americana

Na segunda fase de disputas, o número de pontos concedido às equipes dobrou, sendo dados seis pontos à primeira colocada, quatro à segunda, dois à terceira e nenhum ponto à última. 

O Raia Rápida viu, então, a equipe australiana abrir quase um corpo de vantagem nas braçadas finais, sendo campeã no revezamento 4 x 50 medley, com a melhor marca do mundo, 1m38s23. Campeões no ano passado, os EUA chegaram na segunda colocação, com o tempo de 1m39s79. O Brasil, por sua vez, veio em terceiro, quebrando o recorde sul-americano (1m38s93). Em último, a França se despediu do desafio com o tempo de 1m40s06. 

As marcas, porém, não são homologadas pela FINA (Federação Internacional de Esportes Aquáticos), visto que a prova também não é reconhecida pelo órgão, segundo Daniel Orzechowski. "Nos outros países, porém, é uma prova muito comum", destaca.

Ao fim da segunda fase, na somatória dos pontos, a Austrália se sagrou campeã, com 13, dois a mais que a equipe brasileira. EUA somaram oito pontos e a França, quatro. 

Segundo os organizadores do Desafio Raia Rápida, foram distribuídos R$ 100 mil em premiações aos atletas vencedores. 

 

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