Cesar em primeiro nos 50m livre e Brasil em muitas provas em Doha

César Cielo / Foto: Satiro Sodré

Rio de Janeiro - As semifinais e finais desta quarta-feira, 4/12, serão agitadas para o time brasileiro. O país estará na disputa por medalhas em oito provas e brigando por vaga na final de sexta-feira, 5/12, em outras três (Ver lista no final). A manhã de hoje, além de por muita gente na decisão, deu ao país mais dois recordes sul-americanos, no 4x50m medley e 4x200m livre. Tudo isso temperado com o duelo sempre aguardado de Cesar Cielo e o francês Florent Manaudou nos 50m livre e a possibilidade de um desempenho histórico no revezamento 4x50m medley. Cesar, que saiu das eliminatórias dos 50m livre com o primeiro tempo (21s00), está empolgado com a disputa.
 
"Os 50m livre foi uma prova bem pra classificar mesmo. Sem emoções. Mas hoje à tarde vai ser bem diferente. Todo mundo bem mais ligado. Quero me classificar bem na minha prova, mas meu objetivo principal hoje é o 4x50m medley. Vou entrar como se fosse final de Copa do Mundo de Futebol. Quem ganhar vai bater o recorde mundial. Acho que é inevitável. Nosso time é um dos poucos que vai trocar três atletas. Só o Nicholas (Santos) fica. A gente tá mirando os melhores tempo de cada um dentro das parciais. Analisando bem, o França (Felipe) é o nosso “fator X”. Entre os times bons ele é o cara do estilo peito que está bem à frente dos outros. Acho que ele vai fazer uns 25s2, tem tudo pra fazer um tempo histórico. Tudo começa com o Guido. Se ele abrir bem aí a gente encaixa e vai embora", analisou Cesar.
 
O revezamento 4x50m medley entrou nas eliminatórias com Henrique Martins, João Gomes Júnior, Nicholas dos Santos e João de Lucca. O time fez 1m33s48, o quarto tempo da fase de classificação e cumpriu o papel de colocar o país dentro da prova e poupar o time principal – Guilherme Guido, Felipe França, Marcos Macedo e Cesar Cielo – que vai brigar por uma medalha de ouro. A marca supera os 1m37s34 do antigo recorde sul-americano de 2008, feito pela equipe da Unisul/SC que era formada por Daniel Orzechowski, Brian Loro, Fernando Virk e Guilherme Roth.
 
A equipe da Rússia bateu o recorde mundial da prova nas eliminatórias com 1m32s78. A marca antiga era da Itália, 1m33s65 feita ano passado.
 
"Esta era intenção, classificar numa colocação que não ficasse tão distante dos adversários. A gente fez uma troca (passagem entre os nadadores) bem conservadora. Ninguém arriscou. A gente entrou nessa prova com seriedade e certamente vai entrar nessa prova pra disputar o ouro", disse Nicholas.
Henrique Martins foi chamado à noite para substituir Guilherme Guido que não nadava a prova há dois anos.
 
"Fiquei um pouco nervoso porque não nadava essa prova individual (50m costas) desde 2012, mas acho que abri bem e estou feliz porque classificamos o Brasil. Acho que dá pra melhorar muito à tarde", disse.
 
Os revezamentos estão mesmos quentes e dispostos a subir no pódio em Doha. O time de 4x200m livre de João de Lucca, Gustavo Godoy, Fernando Ernesto Santos e Gabriel Ogawa fez 6m55s50 e bateu o recorde sul-americano que o time do Pinheiros superou no Troféu José Finkel deste ano, 7m01s93.
 
"Acho que à tarde podemos melhorar muito porque estávamos na raia do canto e sem noção dos adversários. Todo mundo nadou bem, mas podemos fazer uma prova ainda melhor", disse Fernando Ernesto.
 
O Brasil entrou no 4x50m medley misto com Etiene Medeiros (26s44), João Gomes Júnior (26s34), Henrique Martins (22s56) e Daiane Beker (24s26). O grupo somou 1m39s60 e está com o quinto tempo na final. A nova prova pode ser montada de acordo com a estratégia de cada país e dos oito classificados, o Brasil, Alemanha (6º) e a Ucrânia (7º) foram os que optaram por abrir com uma nadadora. E entre todos os que estão na final, apenas a Ucrânia fechou com um homem.
 
Daynara de Paula e Daiene Dias se classificaram para a semifinal dos 50m borboleta e também saíram felizes da prova. Daiene porque melhorou 22 centésimos seu tempo e Daynara por voltar a ter um bom desempenho numa grande competição.
 
"É muito complicado quando a gente tem uma grande expectativa e o resultado não sai. Mas acho que aprendi muito, amadureci. A vida é assim. Eu li muito e mudei em várias coisas. Quando a gente cai na água a primeira vez e já faz um bom resultado isso dá uma confiança, uma motivação incrível. Estou animada", disse Daynara, que informou ainda que depois do Campeonato Pan-Pacífico, em agosto, começou um trabalho de meditação e concentração.
 
Ainda falando do time feminino, em sua entrada na competição, Larissa Oliveira passou para a semifinal dos 100m livre (53s19) com o 11ª tempo. Ela analisa que para entrar na final terá que ao menos chegar perto do seu recorde sul-americano, 52s88, feito no Troféu José Finkel deste ano.
 
"Eu errei a primeira virada, mas ainda tenho que analisar melhor a prova. Para uma primeira caída na água foi bom, mas a noite tenho que dar o máximo. Acho que pra pegar final preciso voltar pros 52 segundos", explicou.

 

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