CBDA luta contra a demolição do Parque Aquático Julio de Lamare

CBDA luta contra a demolição do Parque Aquático Julio de Lamare / Foto: Divulgação

Rio de Janeiro - A Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos e a Federação de Atletismo do Rio de Janeiro seguem na luta contra a demolição do Parque Aquático Julio de Lamare e o Estádio Célio de Barros.
 
Nesta quarta-feira, em frente à estátua do Belini, com concentração a partir das 14 horas, integrantes das duas instituições estarão mobilizados e acompanhados pela Defensoria Pública da União (DPU), que vem atuando judicial e extrajudicialmente na defesa dos interesses dos atletas e da sociedade civil. O defensor público federal André Ordacgy, titular do 1° Ofício de Direitos Humanos e Tutela Coletiva da DPU/RJ, estará presente.
 
Por que não demolir o Célio de Barros e o Júlio Delamare?
 
1) Por sua finalidade esportiva e social:
 
a) Os centros esportivos integram o Complexo Desportivo do Maracanã, ao lado do Estádio de Futebol Mário Filho e do Maracanãzinho. São utilizados para o treinamento e preparação dos atletas de ponta para competições nacionais, internacionais e para as Olimpíadas, bem como de atletas amadores e profissionais.
 
b) Têm ainda função social. Cerca de DEZ MIL pessoas, entre idosos, crianças, adolescentes, pessoas com necessidades especiais, praticam lá atividades desportivas, dentro de programas sociais. No Célio de Barros, por exemplo, treinam mais de 500 adolescentes desprovidos de recursos, integrando comunidades de baixa renda. Para lá, menores infratores são encaminhados pela Vara da Infância e da Juventude, em projetos de reinclusão social, que têm alcançado resultados muito positivos.
 
2) Por estarem em perfeitas condições de uso e pelos propósitos de uso futuro do espaço:
 
a) Os parques esportivos estão em plena capacidade. Mesmo assim, o Estado do Rio de Janeiro fechou as instalações com a pretensão de demoli-las.
 
b) O objetivo é construir no espaço dois edifícios-garagem (cada um com 22 metros de altura - inclusive com heliponto no topo), além de um complexo de restaurantes, bares, lojas etc. Ou seja, a ideia é fazer um complexo de entretenimento, objetivando a exploração pela iniciativa privada, em detrimento do esporte, da cultura e da história esportiva nacional.
 
3) Favorecimento do transporte elitista em detrimento do transporte público de massa:
 
A ideia de se construir estacionamentos na porta do Maracanã vai contra os anseios da população, que tem expressado exaustivamente nas atuais manifestações o desejo por investimentos em transporte público de qualidade. Além disso, é fato que, em todas as Copas do Mundo Fifa, sempre se privilegiou o transporte público de massa, em detrimento do transporte elitista via carro particular.
 
4) Desperdício do dinheiro público:
 
O próprio Governo do Estado do Rio de Janeiro gastou, em 2006, R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) na reforma do Júlio Delamare, sob o argumento de que seria um legado para a Cidade. Pergunta-se: que legado é esse?
 
5) Comprometimento da preparação dos atletas brasileiros:
 
Nos Jogos Olímpicos de Londres (2012), foram oferecidos 600 parques esportivos para treinamento e competição dos atletas (ingleses e estrangeiros), num raio de até 25 km da capital inglesa. O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) somente conseguiu chegar a uma lista de 176 parques esportivos, em todo o País, para treinamento e competição dos atletas para as Olimpíadas de 2016. O Célio de Barros e o Júlio Delamare estão incluídos nesta relação. Com a demolição deles, diminui ainda mais o número de instalações esportivas oferecidas pelo Brasil.
 
6) Crea/RJ garante que permanência dos centros esportivos não prejudica a livre circulação:
 
O argumento do Governo do Estado do Rio de Janeiro de que a demolição é necessária para que se tenha um espaço de livre circulação para as pessoas durante os jogos da Copa do Mundo 2014, por ser uma exigência da Fifa, não procede. O Conselho Regional de Engenharia (Crea/RJ), instância máxima em questões de engenharia, emitiu parecer técnico no sentido de que a permanência do Célio de Barros e do Júlio Delamare não atrapalha em nada a livre circulação de pessoas ou a vazão do público nos eventos esportivos.
 

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