Etiene ganha prata inédita no ano do centenário de Maria Lenk

Etiene Medeiros / Foto: Satiro Sodré / SSPress / CBDA

Rússia - No ano do centenário da nadadora Maria Lenk, primeira mulher sul-americana participante em Jogos Olímpicos, Etiene Medeiros ganha a primeira medalha mundial feminina para o Brasil em piscina longa. Na noite desta quinta-feira, 6/08, na Arena Kazan, ela nadou os 50m peito, 27s26, bateu o recordes das Américas e o recorde sul-americano. Antes da prova dela, Thiago Pereira já havia colocado a bandeira nacional no pódio com a prata nos 200m medley (1m56s65).

Etiene escreveu mais uma página na história da natação feminina do Brasil. Ela já está acostumada com isso, pois foi a primeira no pódio do Mundial Júnior, a primeira no pódio dos Jogos Pan-Americanos, a primeira medalhista no Mundial em Piscina Curta, também abriu o terreno para as brasileiras com o recorde mundial e agora a primeira a subir no pódio na maior competição da Federação Internacional em piscina longa. Ela ficou entre as chinesas Yuanhui Fu (27s11) e Xiang Liu (27s58).
 
- Antes de nadar eu até chorei. Falei "que sensação louca". Um vulcão. Só quem está aqui sabe o controle emocional que você tem que ter. Estou muito melhor fazendo tempo melhor do que tinha. Estou muito feliz. É a terceira medalha pra o Brasil aqui na piscina. Eu sabia que ia chegar perto do recorde mundial. Até eu estava pensando nisso. Uma das coisas que eu mudei da semifinal para a final foi o início de prova. Foi bom porque consegui baixar meu tempo e o suficiente para ganhar uma medalha. Esse Mundial está sendo muito difícil pra gente, mas quanto mais pensamento positivo isso leva a gente pra frente. Falei com minha família hoje às 5h30 da manhã no Brasil.
 
Fernando Vanzella, técnico de Etiene e coordenador da natação feminina do Brasil falou da importância da medalha em Kazan.
 
- Essa é a primeira medalha feminina da história do Brasil, muito importante. É mais um grande resultado para o currículo da Etiene e a credencia, cada vez mais, a estar entre as melhores do mundo. Ela já bateu o recorde mundial e foi campeã mundial em piscina curta, chegou aqui como o primeiro tempo do mundo e isto é uma coisa nova. Com certeza ela vai se cobrar ainda mais e nós também vamos querer mais. Agora vamos buscar um equilíbrio para continuar evoluindo. A natação feminina está em crescimento. Classificamos os revezamentos para as Olimpíadas, o que é muito importante. Hoje temos uma geração de nadadoras, de 17 e 18 anos, com os tempos próximos das meninas que estão aqui e vão disputar lugar neste time - analisou Fernando Vanzella.
 
Thiago Pereira nunca passou tanto tempo seguido no pódio. Depois de sagrar-se o maior medalhista da história dos Jogos Pan-Americanos há um mês, ele voltou ao pódio internacional desta vez para colocar no pescoço a prata dos 200m medley no Mundial em piscina longa. Esta é a terceira medalha de Thiago na história da competição e a 27ª do Brasil na trajetória do maior evento da Federação Internacional de Natação - FINA.
 
Thiago esteve no pódio durante toda a prova. Ele virou em terceiro nos primeiros 50 metros, acompanhou o americano Ryan Lochte o tempo todo e chegou a estar na frente na virada dos 100m e 150 metros. Ryan o ultrapassou na reta final e fez 1m55s81. Thiago chegou em 1m56s65 e o chinês Shun Wang bateu em terceiro, com 1m56s81.
 
- Estou feliz. O importante é que consegui conquistar medalha. Foi uma prova bem nadada até os 150m eu estava ali junto com o Ryan. Visando o futuro dela, minhas viradas foram muito boas, principalmente o (estilo) peito e o (estilo) craw, que é uma virada em que eu já saio nadando independente do cansaço. A gente tem muito para trabalhar e treinar agora. Estamos a um ano dos Jogos. Amanhã vamos tentar colocar o 4x200m livre do Brasil na Olimpíada também. Está sendo muito corrido pra gente, logo depois do Pan. Tem sido um ano mais do que especial para mim. A prata é a minha melhor colocação em Mundiais de 50m. Minha estreia no pódio foi em Barcelona (2003) com dois bronzes.
 
Marcelo Chierighini nadou os 100m livre em 48s27 e terminou na quinta posição. A prova foi vencida pelo chinês Zetao Ning (47s84) seguido pelo australiano Cameron Macevoy (47s95) e pelo argentino Federico Garbich (48s12), primeiro sul-americano além do Brasil a subir no pódio em Kazan. Leonardo de Deus nadou as semifinais dos 200m costas e ficou em 13º lugar (1m57s97).

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