Etiene é 1ª brasileira a figurar no topo do ranking mundial

Etiene Medeiros / Foto: Satiro Sodré

Rio de Janeiro - Etiene Medeiros continua voando. Na final do Torneio Open desta sexta-feira, 19/12, ela marcou 27s37 e por apenas 31 centésimos não bate o recorde mundial, 27s06 da chinesa Jing Zaho. O tempo a coloca no topo do ranking mundial em piscina longa, lugar nunca antes ocupado por uma brasileira. Etiene, que foi sempre pioneira em seus resultados mais expressivos – prata no Mundial Júnior de 2008, duas medalhas de ouro e um recorde mundial no Campeonato Mundial em Piscina Curta de Doha – agora coloca mais um dado importante em seu currículo. Ela é a primeira também a estar no topo nas duas distâncias, em piscina longa e curta. O tempo também é novo recorde brasileiro e sul-americano, superando o 27s70 de Fabíola Molina, em 2009.
 
"Está ótimo. É a última competição do ano. O último suspiro que a gente tem que dar. O recorde mundial não é impossível. Eu estou numa fase boa, com uma cabeça boa, confiando demais no meu técnico e na minha equipe. A gente até brincou antes da competição porque perguntaram: “Você já viu o recorde mundial quanto é?” Imagine bater o recorde mundial na longa e aqui na Cidade Maravilhosa. Ia ser uma honra e um prazer. Seria sensacional, essa é a palavra", disse.
 
Na liderança do ranking mundial de 2014 na prova de 50m costas estava a chinesa Yuanhui Fu (27s51), tempo feito no Campeonato Nacional da China. A marca de Etiene, do Sesi/SP, claro, superou os 27s81 do índice para o Mundial de Kazan. É o primeiro dela, mas o de número 21 da delegação e, felizmente, muitos femininos. Joanna Maranhão, do Nikita/ Sesi, outra pernambucana “arretada” caiu na água para melhorar seu índice dos 200m medley e bater o recorde da competição, com 2m13s40. Na mesma prova, Gabrielle Roncatto, do Pinheiros fez 2m17s05 e foi prata com índice para o Mundial Júnior de Cingapura, em setembro do ano que vem.
 
E ainda Larissa Oliveira, do Pinheiros, já abriu a competição muito bem, superando o recorde brasileiro e sul-americano que Tatiana Lemos fez há praticamente cinco anos (18/12/2009). Larissa marcou 54s61 baixando os 54s72 do tempo antigo, mas que ainda não supera o índice 54s43 exigido para o Mundial de Kazan.
 
"Venho treinando um passo de cada vez. O primeiro objetivo era esse recorde sul-americano, agora a meta é esse índice. Então eu saio muito satisfeita. Era esse o objetivo. Agora é treinar mais as saídas e aquele final de prova que a gente tem que tirar o último fio de cabelo e bater na frente. A natação é feita de muitos detalhes. Às vezes uma respiração que você faz na hora errada pode atrapalhar tudo. Então é sentar e analisar a prova pra acertar", explicou.
 
No pódio com Larissa ficaram Graciele Herrmann (54s76), do Grêmio Náutico União, e Alessandra Marchioro (55s69), do Botafogo. Nos 100m livre masculino Marcelo Chierighini bateu na frente com 49s07, um centésimo acima do seu tempo de classificação para o Open. Com a prata ficou o campeão olímpico júnior Matheus Santana (49s16), da Unisanta, e Bruno Fratus (49s46) que venceu pela manhã ficou com o bronze à tarde.
 
"Eu dei a vida aí nessa prova. Infelizmente não consegui pegar o índice, mas tem outras competições. Estou motivado. Fiquei bem perto, mas ainda terão outras oportunidades. Bateu um cansaço no final porque a temperatura está muito alta", disse Chierighini.
 
Thiago Pereira, do Sesi/SP, e Henrique Rodrigues, do Pinheiros, fizeram uma bela prova de 200m medley. Thiago fez um tempo excelente, 1m57s23, e superou o próprio recorde de campeonato, 1m58s33, melhorando muito o índice que estabelecera pela manhã, 2m00s12.
 
"Fazia muito tempo que eu não tinha uma rotina dessas de nadar uma prova seguida da outra e consegui competir bem, terminar a semana bem. Mesmo hoje sendo a minha melhor prova a última prova da competição e consegui um bom resultado pro Sesi com o recorde de campeonato. Ter feito as melhores marcas da vida nos 100m e 200m livre (sem traje tecnológico) me deixou muito satisfeito e motivado pro próximo ano e pro Rio 2016 que é o objetivo de todo atleta não só da natação, mas de qualquer atleta que está representando o Brasil nos dias de hoje", finalizou Thiago.
 
Henrique foi o segundo da prova com 1m59s89 e colocou também seu nome na lista para Kazan.
 
"Estou muito satisfeito. Foi um ano muito difícil pra mim por causa da cirurgia em janeiro (artroscopia). Levei seis meses pra me recuperar, mas agora estou recuperado totalmente. O Campeonato Mundial foi o início de uma nova fase de treinamento, uma nova fase de vida. Agora saí daqui com o índice para o Mundial e era tudo o que eu queria. Não esperava nenhum resultado espetacular. O índice veio e agora é focar no Mundial e nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. Devagar e sempre a gente vai conquistando tudo o que precisa", explicou.
 
O outro índice do dia veio com Thiago Simon, do Corinthians, nos 200m peito. Simon marcou 2m10s58 e o índice era de 2m11s66. De quebra, quebrou o recorde de campeonato que era do “xará” Thiago Pereira desde 2009, 2m10s66.
 
"No momento que passei os 100m metros, senti a energia da torcida corinthiana, ganhei uns centésimos ali. Sabia que estava bem e estava confiante. Ontem, não fui bem nos 400m medley, mas hoje foi legal e já penso em focar esta prova", disse Simon.
 
O revezamento 4x50m medley misto, sucesso para o Brasil no Mundial em Piscina Curta de Doha, encerrou o penúltimo dia com vitória e recorde de campeonato do time do Pinheiros. A equipe formada por Daniel Orzechowski, João Gomes Júnior, Daniele de Jesus e Larissa Oliveira fez 1m43s26. A marca anterior também era do clube, 1m44s45, feito no ano passado, em Porto Alegre.

 

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