Finkel começa com recordes sul-americanos

César Cielo / Foto: Satiro Sodré

São Paulo - A primeira noite de finais do Campeonato Brasileiro - Troféu José Finkel, no Sesi Vila Leopoldina, em São Paulo, começou muito bem, com vários tempos abaixo do recorde sul-americano. Três tempos foram diminuídos por brasileiros e são as novas marcas do continente.
 
O Flamengo, impulsionada pelas novas marcas do continente feitas por Joanna Maranhão e os times de 4x50m livre feminino e masculino arrancou na liderança (505 pontos), seguido por Minas Tênis (443) e Corinthians (348). 
 
Os 200m costas trouxeram uma ótima surpresa com o recorde sul-americano de Joanna Maranhão, do Flamengo. Ela marcou 2m08s34 e superou a marca da colombiana Carolina Henao (2m09s12) que vigorava desde 2008. 
 
Joanna foi a medalha de prata da prova vencida pela holandesa Frederike (Femke) Heemskerk (2m04s72) que por ser estrangeira terá apenas o recorde de campeonato homologado. 
 
- Não nado essa prova, então esperava fazer um tempo bom porque esperava aproveitar a presença da Fabíola, que estava ao meu lado. Acabou que foi melhor do que eu esperava. Nessa competição eu só vim pra fazer muitos pontos pro clube. Depois vou conversar com a minha técnica (Rosane Carneiro) pra ver se na próxima seletiva a gente vai focar em alguma prova específica. 
 
A versão masculina foi vencida por Leonardo Fim (1m3s99), do Minas Tênis, seguido por Leonardo de Deus (1m54s10), do Flamengo, e Fernando Ernesto (1m54s31), do Corinthians.
 
No revezamento 4x50m livre feminino e masculino do Flamengo ganharam com recordes sul-americanos.
 
No feminino, as três primeiras equipes - Flamengo (1m38s52), Minas Tênis (1m39s30) e Pinheiros (1m40s12) - marcaram abaixo do recorde sul-americano (1m40s14) feito pelo Pinheiros em 2004. O Flamengo de Daynara de Paula, Kelly Stubbins, Marieke Guehrer e Etiene Medeiros, além do ouro, leva os 35 pontos de bonificação pelo recorde, mas a marca válida será a do Pinheiros, pois todas as nadadoras eram brasileiras: Flávia Delaroli-Cazziolato, Larissa Oliveira, Daniele Jesus e Tatiana Lemos.
 
O masculino de Cesar Cielo, Nicholas Santos, Bernardo Novaes e Thiago Sickert fez 1m25s28, bate os 1m25s86 do Pinheiros em 2010. Cesar abriu o revezamento com 20s81 baixando ainda mais seu tempo nos 50m livre. Na terceira prova do dia, na segunda semifinal dos 50m livre, ele fez 21s19, dez centésimos abaixo do tempo das eliminatórias, 21s29, que cravou o índice para o Mundial em Piscina Curta de Istambul, em dezembro.
 
- Até brinquei com o pessoal que se eu fizesse 20s99 eu ia dar uma festa, mas acho que dá. A gente está aqui esticando ainda a preparação pra Olimpíada. Então vamos ver se amanhã, sem pressão, eu ajudo o Flamengo a ganhar mais um título - contou Cesar, que falou um pouco sobre o sentimento nos Jogos de Londres, admitindo que está em um "dilema" com as férias.
 
- Foi uma das coisas que eu pensei. Ficar pensando no passado eu vou ser o único prejudicado. O mundo não para, 2016 é aqui em casa. Não quero deixar minha motivação cair, minha capacidade técnica ficar atrás de ninguém. Estou bem. Nadei super tranquilo aqui. O passado serve de experiência. O mais importante é o próximo e o próximo passo é pensar em 2016. Não vou mentir não. A gente está num conflito interno difícil. A gente quer levar muito a sério, mas ao mesmo tempo a gente está cansado. Foi o que falei pro Tales (Cerdeira) e pro Nicholas (Santos). Vamos ter uma semana mais tranquila - falou.
 
Bruno Fratus, quarto colocado em Londres por apenas dois centésimos e que estará na final com terceiro tempo (21s73) também está ainda aproveitando parte da preparação olímpica.
 
- O que vier agora na "raspinha do tacho" da Olimpíada vai ser lucro. Nadar para um tempo competitivo pro Mundial de curta vai ser no Open (Torneio Aberto, em 
novembro) - disse. 
 
As duas séries semifinais dos 50m livre feminino colocaram Alessandra Marchioro, do Fluminense, com o melhor tempo para a final, 24s72. Ela chegou na frente da holandesa Inge Dekker (24s73) e da australiana Marieke Guehrer (24s86). Alessandra, de 19 anos, foi quarta colocada nos Jogos Olímpicos da Juventude, em 2010, e esteve nos Jogos de Londres no programa de talentos para os Jogos Rio 2016. 
 
- A temporada em Londres foi maravilhosa. Acabei revertendo o sentimento de frustração (por não estar competindo) em incentivo para estar em 2016. Isso já refletiu aqui porque não estou nem treinada para esta competição e já consegui ficar a frente de uma nadadora como a Inge. Temos grandes nomes para estourar aqui (na natação feminina) até 2016. Tenho certeza que a natação feminina será bem representada - disse.
 
Inge trouxe de Londres a medalha de prata do revezamento 4x100m livre e tem o ouro e o bronze na mesma prova, respectivamente, nos Jogos de Pequim 2008 e Atenas 2004. 
 
Já nas provas de fundo, Poliana Okimoto, do Corinthians, levou a medalha de ouro pelo tempo feito nas séries eliminatórias (8m40m15). Na série forte, à noite, Ana Marcela Cunha, da Unisanta (8m42s19) venceu, mas ficou com a prata, seguida por Bianca Avella (8m42s86), do Corinthians.
 
Nos 1500m livre masculino, o ouro foi de Luiz Rogério Arapiraca (14m55s55), da Unisanta. Lucas Kanieski (14m56s35) e Marcos Oliveira (15m16s44), ambos do Minas Tênis, ficaram com prata e bronze.
 
Gabriel Souza, do Praia Clube, venceu a disputa dos 200m peito masculino com 2m06s82 ficando apenas a 46 centésimos do índice para Istambul, 2m06s36. Tales Cerdeira, recém-saído dos Jogos Olímpicos de Londres, também ficou perto. Ele fez 2m06s96.
 
- Não esperava fazer o índice agora, mas vou fazer. Meu melhor tempo era 2m11s. Se o atleta está aqui ele tem que estar bem preparado pra defender o clube da melhor forma possível - disse Gabriel.
 
No feminino, a argentina Julia Sebastian (2m28s74), da Unisanta, venceu a prova. Para os Jogos de Londres, ela ficara apenas há 23 centésimos do índice estipulado pela Argentina. 
 
- Estou feliz com o título, mas sabia que ia ser difícil conseguir o índice aqui. Acho que vou estar melhor em um mês, quando tem uma competição na Argentina - disse Julia, que foi treinada pelo técnico da ex-recordista sul-americana da mesma prova, Augustina di Giovani. 

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