Guido, Nicholas e João fazem índices para Mundial de Kazan

Rio de Janeiro - O Campeonato Brasileiro Sênior começou nesta quarta-feira, 17/12, na piscina do Botafogo, com três índices para o Mundial dos Esportes Aquáticos de Kazan. Guilherme Guido e João Gomes Júnior, do Pinheiros; e Nicholas Santos, da Unisanta/SP, já colocaram os nomes na lista para integrar a seleção brasileira na principal competição da Federação Internacional de Natação – FINA, em agosto do ano que vem.

 

Grande parte dos principais nadadores vieram do Mundial em Piscina Curta de Doha, no Catar, terminado no último dia 7/12, onde o país conquistou 10 medalhas sendo sete de ouro. Os oito melhores tempos da parte da manhã disputam a partir das 17 horas, com transmissão ao vivo do Canal Sportv, o Torneio Open.

 

Guilherme Guido já abriu as provas no Botafogo com índice para o Mundial de Kazan. Ele marcou 53s73 na prova de 100m costas e baixou o tempo estipulado para a competição da FINA, 54s36. No degrau de prata ficou Daniel Orzechowski (54s89), também do Pinheiros, e com o bronze ficou Thiago Pereira (55s19), do Sesi/SP.

 

"Esse ano está sendo muito bom pra mim. Campeão Mundial, recordista mundial há duas semanas e estou conseguindo fazer a transferência pra longa (piscina de 50m). O polimento (descanso pré-competição) começou no Mundial e não para o Mundial. Então significa que a gente acertou o treinamento no Pinheiros. Agora é continuar com esse trabalho muito bem feito que a gente está fazendo e nesses dois anos que faltam pra Olimpíada chegar perto do recorde sul-americano (53s24, dele mesmo feito em 2009, na fase dos trajes tecnológicos). Se eu conseguir bater esse recorde neste tempo que falta acho que vai dar pra estar na briga por uma medalha na Olimpíada, que é o que a gente quer e para o que a gente está trabalhando esse tempo todo", explicou Guido.

 

Na versão feminina da mesma prova, Etiene Medeiros, ainda se recuperando das emoções do Mundial em Piscina Curta de Doha, onde estabeleceu novo recorde mundial para os 50m costas e foi a primeira mulher brasileira campeã de natação num Mundial da Federação Internacional, venceu os 100m costas com 1m02s14, seguida pela conterrânea pernambucana Joanna Maranhão, do Nikita/Sesi, com 1m03s34 e por Thalandra Borges (1m05s47), do Corinthians.

 

"É o último nacional do ano e seletiva para um monte de coisa. Estou tentando trazer o máximo de energia de Doha pra cá. Foi um desgaste muito grande de energia, muito desgaste psicológico, muita coisa, mas acho é nesse momento que o atleta tem que se superar, e eu estou tentando. Ainda tem muita prova e acho que vai ser uma competição boa. Mesmo com pouco período de descanso acho que vai melhorando ao longo da competição. A natação brasileira estava precisando desse momento especial com tantos resultados bons porque isso motiva", disse Etiene.

 

Nos 50m borboleta, Nicholas Santos, prata no Mundial de Doha, também já colocou o nome na lista para a Rússia. Ele marcou 23s01, bateu o recorde da competição que era dele mesmo de 2009 (23s10) e já pensa em transferir esse resultado para os 100m do mesmo estilo, que acontece nesta quarta-feira, 18/12.

 

"Fiquei bem animado. Tenho que fazer uma volta bem crescente e é o que eu tenho treinado bastante. Os 100m borbo é amanhã e vamos ver se consigo nadar pra 52 (segundos). Eu estava bem consciente de onde eu tinha que começar a crescer na prova. Acho que é bom isso de competir, ter uma semana de descanso e voltar pra competir. Acho que temos que ser bem profissionais e agora pensar um pouco nos nossos clubes e nos objetivos pessoais", afirmou.

 

Nos 50m borboleta feminino, Bruna Rocha, do Corinthians, foi a vencedora (26s60), com tempo próximo ao recorde de campeonato que Daynara de Paula (26s43) fez em 2009. No degrau de prata ficou Daiene Dias (26s66), do Botafogo, finalista no Mundial de Doha, e Daynara (26s88), do Sesi/SP levou o bronze.

 

Nos 50m peito, João Gomes Júnior, do Pinheiros, marcou 26s89 e bateu o tempo para o Mundial (27s10). Com a prata ficou Felipe França Silva (27s23). Felipe teve atuação impressionante no Mundial de Doha, ganhando cinco medalhas de ouro na competição. O bronze foi para Felipe Lima (27s49), do Minas Tênis.

 

"Pra mim foi até uma surpresa. Já estava esperando nadar nessa casa aí. Bati na trave umas duas vezes esse ano. Gostei muito. Meu objetivo é brigar com o mundo. O negócio é lá na hora. Essa marca me deixa com o quarto tempo do ranking do ano, mas a gente sempre almeja mais", disse João Gomes.

 

Na versão feminina do peito, vitória de Beatriz Travalon, do Pinheiros, com 31s92, seguida pela companheira de clube, Ana Carla Carvalho (32s16). O pódio foi completado por Juliana Marin, do Minas Tênis, 32s64.