Protesto contra ações da Polícia Militar chega ao Troféu Maria Lenk
Rio de Janeiro - Centenas de pessoas protestaram nesta quarta-feira contra as últimas ações da Polícia Militar do Rio de Janeiro, como a que matou o menino Eduardo, de apenas 10 anos, no Complexo do Alemão, na última semana. A manifestação teve início no Largo do Machado e seguiu pela Rua das Laranjeiras até à Rua Pinheiro Machado, onde fica o Fluminense Futebol Clube, cujas piscinas sediam nesta semana o Troféu Maria Lenk de Natação 2015.
O medo de que o grupo pudesse causar algum problema à organização do evento fez com que alguns carros da Polícia Militar se mantivessem na entrada da rua Álvaro Chaves, principal via de acesso para o complexo aquático do clube. Um efetivo de cerca de 20 homens também estava no local para conter eventuais confrontos.
Os manifestantes se dirigiam ao Troféu Maria Lenk devido à proximidade do local com o Palácio Guanabara, sede do governo estadual do Rio de Janeiro. O objetivo era protestar contra a gestão do secretário Estadual de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, mas o grupo só conseguiu chegar próximo ao prédio, bem perto do campeonato de natação. Alguns manifestantes carregavam cartazes como o da foto acima, que diz: "Não há bala perdida em bairro nobre".
Por volta das 21h o grupo bloqueava a Rua Pinheiro Machado, uma das vias do enorme complexo esportivo do Fluminense. À essa altura, porém, o Troféu Maria Lenk já havia terminado, com novo recorde no revezamento 4x200 m feminino e vários índices cravados para o Mundial de Natação de Kazan, em agosto. Alguns atletas treinavam nas piscinas de aquecimento do Fluminense, mas as provas oficias já estavam encerradas.
No protesto, marcado pelas redes sociais, cordões de isolamento acompanhavam a movimentação dos manifestantes dos dois lados da rua. Cerca de 200 policiais no total estavam presentes ao ato, de acordo com o tenente-coronel Tenreiro, do 2º BPM, de Botafogo.
