Reveza 4x100m livre mascuino luta pelo 5ª título consecutivo no Pan

Toronto - Começou a disputa de natação e logo no primeiro dia, o Brasil demonstrou que vai lutar por pelo menos três medalhas de ouro nas finais da noite, a partir das 20h, de Brasília. Leonardo de Deus terminou em segundo nos 200m borboleta; Marcelo Chierighini em terceiro nos 100m livre; e o revezamento 4x100m livre, que será alterado na final, marcou o primeiro tempo, 3m17s87, e vai lutar pelo pentacampeonato pan-americano da prova, após triunfar desde a disputa em Winnipeg, também no Canadá, em 1999. O Brasil também venceu em Havana/1991, mas aí sem a participação dos EUA.

- Vamos vencer, não vai ser logo na nossa mão que deixaremos escapar esta medalha. Na minha opinião, hoje o Brasil tem o melhor time de sua história na prova. Meu polimmento é pro Mundial mas estamos nos sentindo muito bem aqui. Nada a reclamar, apesar da formalidade desta eliminatória em que tinha apenas sete equipes e todas já sabiam que iriam se classificar. Isto só serviu para definir raia pra noite. O Time Brasil não nos deixa faltar nada, sem dever aos EUA - disse Bruno Fratus, que vai ter sua ordem no quarteto alterada para a final, "nunca liguei pra isto, tanto faz, o que interessa é estar no grupo". Último a cair na água, Fratus será o terceiro à noite (nas eliminatórias, João de Lucca abriu e foi seguido por Nicolas Oliveira e Thiago Pereira). Nas finais, o quarteto será formado, na ordem, por Matheus Santana, João de Lucca, Bruno Fratus e Marcelo Chierighini. Em casa de medalha será a 19ª de Thiago, empatando com Gustavo Borges na quantidade de pódios em Jogos Pan-Americanos. Ele ganha medalha mesmo sem subir ao pódio, por ter contribuído nas eliminatórias. 

 

João de Lucca marcou 49s04, mas sabe que pode melhorar muito ainda, já que tem marca pra casa dos 48s6. 

 

- Me senti desconfortável com a bermuda, que entrou água. Poderia ter feito tempo bem melhor - disse, e quando perguntado o que esperar hoje à noite, se recorde pan-americano (3m14s65, do Brasil, em 2011), sul-americano (do Brasil, 3m10s80, em 2009) ou a vitória, disse que "o resultado é consequencia do que treinamos e o quanto estamos unidos".

 

Leonardo de Deus não esquece o problema do Pan de Guadalajara quando quase cassaram sua vitória por um problema de touca. Mas agora, em sua segunda participação, pensa apenas na vitória, empurrado pela mãe que estava com a bandeira do Brasil na arquibancada.

 

- Tinha apenas 20 anos no México, agora sou mais experiente, com 24, e já com uma Olimpíada nas costas. Meu treino é mais pro Mundial de Kazan e já pensando nos Jogos do Rio. Hoje não forcei muito e agora é descansar bastante pra final, quando o ritmo vai ser intenso - disse Leo.

 

No reveza feminino, o Brasil terminou as eliminatórias em terceiro, com o quarteto formado por Daiane Becker, Manuella Lyrio, Etiene Medeiros e Daynara de Paula. Na final, o time será reforçado por Larissa Oliveira e Graciele Herrmann, que nadaram e se classificaram nas eliminatórias dos 100m livre: Larissa classificou-se em 5º e Graciele em 8º, com 55s01 e 55s04. A prova foi forte, com a americana Natalie Coughlin superando o primeiro recorde de campeonato do Pan 2015, com 53s85. A marca anterior era de sua compatriota, Amanda Weir, desde a edição de Santo Domingo, 2003, com 54s48. Aliás, Amanda, que terminou em quarto, foi uma das que melhoram o recorde anterior, com 54s36. O outro recorde pan-americano veio com o reveza feminino dos EUA, 3m27s28. O anterior era das próprias americanas, 3m40s66, em 2011.

 

Para Daiane, a prova teve a curiosa sensação de ser sua estreia e despedida no Pan.

 

- Só vou nadar esta eliminatória aqui em Toronto. Não gostei do meu tempo mas foi bom ter contribuído pra uma boa colocação, o terceiro lugar. Agora é torcer pelas meninas na final para que eu volte com uma medalha - concluiu Daiane.

 

Na versão masculina, Marcelo Chierighini nadou muito bem e ficou em 3º lugar, com 48s92. Já Matheus Santana correu risco de ficar de fora ao terminar em 8º lugar, com 49s52. O nono colocado, Brett Fraser, das Ilhas Cayman, foi apenas seis centésimos mais lento. À frente de Chierighini chegaram o argentino Federico 

Grabich (48s60) e o canadense Santo Condorelli (48s88).

 

- Nadei o eu queria e pensava pra cá, um 48 alto. Até conversei com o Renzo (Renzo Tjon-A-Joe, do Suriname) que treina comigo, que foi bom nadar logo a primeira vez pra soltar o corpo - disse Marcelo. Já Matheus falou sobre seu treino.

 

- Fomos poupados agora do reveza. Então, o dia de hoje será com três tiros de 100 metros (eliminatórias e finais, mais o reveza à noite). Nosso treino foi feito para conseguir isto, mas quase fiquei de fora. No local onde estava tinha que levantar para acompanhar as séries anteriores, e nesta hora prefiro ficar concentrado - disse Matheus, que nadou a terceira e última série. 

 

Nos 200m borboleta feminino, Joanna Maranhão foi a primeira colocada de sua séria (a 1ª das três) com 2m12s64, e acabou com a sexta marca. Classificada, ela disse acreditar "que pra conquistar uma medalha será necessário nadar abaixo dos 2 minutos e 10. 

 

- Me segurei, mas várias fizeram isto. Acho que a disputa será entre seis atletas. Adoro nadar esta prova. Depois dos 400m medley é a minha favorita. Já Manuella Lyrio terminou em 10º lugar e fora da final (2m15s55), pois "competi mal, mas minhas melhores provas ainda estão por vir e tenho confiança nelas, que são os 200m e 400mm livre".

 

Brasileiros nas eliminatórias da primeira etapa - 14/7

100m livre F = 5) Larissa Oliveira - 55s01; 8 ) Graciele Herrmann - 55s54

 

100m livre M = 3) Marcelo Chierighini, 48s92; 8 ) Matheus Santana - 49s52

 

200m borboleta F = 6) Joanna Maranhão - 2m12s64; 10) Manuella Lyrio - 2m10s98

 

200m borboleta M = 2) Leonardo de Deus - 1m5844ç 6) Kaio Márcio - 1m59s24

 

4x100m livre F = 3) Brasil (Daiane Becker, Manuella Lyrio, Etiene Medeiros e Daynara de Paula) - 3m46s73 

 

4x100m livre M = 1) Brasil (João de Lucca, Nicolas Oliveira, Thiago Pereira e Bruno Fratus) - 3m17s87