Thiago Pereira aposta na geração da natação que brilhou no Chile
São Paulo - O atleta Thiago Pereira é só elogios para a safra de nadadores brasileiros que brilhou no Sul-Americano Juvenil, disputado neste mês em Valparaiso, no Chile. A delegação nacional venceu a competição com 73 medalhas (43 ouros, 25 pratas e 5 bronzes) e novos nomes da modalidade surgiram para, quem sabe, brigar por pódio nos Jogos de 2016. O medalhista olímpico acredita que os garotos devem continuar a ‘contar azulejos’ e se dedicar ao máximo para atingir os resultados.
"Todos querem ter um bom resultado em 2016, pois somos o País da Olimpíada. Os olhos do mundo estarão no Brasil e os atletas devem aproveitar isso. Quem está começando a conquistar bons resultados, como a garotada do sul-americano juvenil, está cada vez mais motivada. Mas é preciso foco, força de vontade e paciência, pois talento todos têm", relata Thiago Pereira, de 27 anos. O atleta está treinando para sua quarta Olimpíada, mas antes buscará uma medalha no Mundial de Barcelona, em julho deste ano.
Thiago Pereira aprovou as últimas iniciativas da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). No mês passado, a entidade promoveu, em Brasília (DF), a Clínica de Natação CBDA-Correios, preparatória para 2016. O evento reuniu os ídolos da modalidade, atletas da Seleção e a nova geração. Todos participaram de um período de avaliações, palestras e treinos especiais. "O ano pós Olimpíada é ‘meio que’ considerado morto, já que não existem tantos campeonatos e o ritmo de preparação para os próximos Jogos tende a ser menor. O objetivo da clínica foi levar os jovens para perto dos ídolos como forma de incentivo. A convivência foi fundamental", explica o nadador
O medalhista olímpico em Londres/2012 passou pelo mesmo processo dos futuros campeões, sendo testado em eventos internacionais logo cedo. Em 2003, o brasileiro competiu no Pan de Santo Domingo e, um ano depois, foi quinto colocado nos 200m medley na Olimpíada de Atenas. Nesse período, nadou ao lado de ídolos do esporte nacional como Gustavo Borges e Fernando Scherer. Segundo o atleta, essa transição é fundamental. "Às vezes um menino de 14 anos está perto de uma pessoa que ele se espelha e que já conquistou uma medalha. Isso motiva ainda mais. Foi o que ocorreu comigo quando assistia o Gustavo e o Fernando nadando. Fiz parte do período de transição, o pessoal brincava que eu era prematuro, com 17 fui pro Pan e aos 18 anos para a Olimpíada de 2004", diz o atleta patrocinado por Arena e Correios. "O próximo encontro será no Maria Lenk. Muitos estarão representando seus clubes e, mais uma vez, terão a chance de trocar informações e competir com a gente".
