Brasil bate Sérvia campeã mundial, segue invicto e vai às quartas
Rio de Janeiro - A seleção brasileira de polo aquático entrou na agua meio esverdeada do Maria Lenk (saiba mais aqui) nesta noite de quarta-feira para enfrentar a seleção favorita do torneio olímpico, a forte Sérvia.
Depois de duas vitórias, contra Austrália e Japão, a seleção se impôs na água, mostrou estabilidade psicológica e, com a ajuda de um estádio lotado, conseguiu sua terceira vitória na Rio 2016, a mais importante, e que praticamente a coloca nas quartas de final dos Jogos Olímpicos.
A partida começou com o Brasil saindo atrás do placar, indo buscando um empate em 3 x 3 no finalzinho do segundo quarto, com um tiro certeiro de Adrian Baches. A partir daí o jogo mudaria de figura. Com o apoio incondicional da torcida, o Brasil abriu dois gols de vantagem no terceiro quarto e inverteu a pressão pelo resultado para os sérvios.
"Conseguimos neutralizar alguns jogadores sérvios que são muito bons. Esse tipo de jogo é muito importante pensar o físico e o psicológico. E no psicológico nós estivemos muito bem. E isso para nós dá uma segurança de que podemos jogar com esse tipo de seleção no mesmo nível. O importante é que nós fomos competitivos", analisa o técnico do Brasil, o croata Ratko Rudic.
O treinador valoriza o trabalho psicológico e emocional com os jogadores, que permitiu não se abalar mesmo quando estava atrás do placar, ou quando a sérvia voltou a empatar, perto do fim do jogo, em 5 x 5 (a partida terminou em 6 x 5 para o Brasil após cobrança de pênalti certeira de Felipe Perrone).
"Nós tivemos sempre o nosso ritmo e a rotação de jogadores, para dar o respiro, mas o mais importante é que tivemos um alto nível de concentração, de preparação psicológico, e chegamos ao fim com essa vitória", emenda.
Dentre os jogadores, foi consenso de que esse foi o mais difícil e também maior jogo do Brasil na modalidade. "Sem dúvida nenhuma a maior vitória do polo brasileiro e que isso ai dê força para a gente continuar mais e mais, ir pra cima e vencer quem vier pela frente", afirma Felipe Santos, o Charuto.
"Foi o nosso jogo mais difícil, a gente esperava, porque a Sérvia é a equipe mais forte do torneio. Nós tentamos ter uma defesa forte, e eu acho que funcionou bem.Nós fizemos história, por isso temos que agradecer muito à torcida, que nos ajudou a crescer. Quando você sente a torcida, vê um familiar, um fã", declara o jogador, que espera ainda que a vitória de hoje sirva de alguma forma para popularizar mais o esporte no Brasil.
Já Felipe Perrone analisa de forma ampliada e vê o campeonato todo como um marco da seleção brasileira. "Isso é o mais importante: uma vitória com a Austrália, uma vitória com o Japão, e agora acho que a maior vitória da história do nosso país. Mas a gente quer mais, a gente não se preparou para isso, a gente se preparou para ir mais longe. E se for empurrado por essa torcida é melhor ainda. Acho que a gente está correspondendo e dando alegria ao povo brasileiro", observa.