Beto Pandiani reforça barco e se prepara para Travessia do Atlântico

Betão e Igor trabalhando no barco / Foto: Maristela Colucci

São Paulo - A largada da Travessia do Atlântico, mais uma aventura de Beto Pandiani e Igor Bely, ainda não foi dada, mas os trabalhos já estão a todo vapor no local da saída, na Cidade do Cabo, Africa do Sul. Para enfrentar as 5.000 milhas náuticas (9.260 quilômetros) até Ilhabela, no litoral norte de São Paulo, a dupla e sua equipe de terra precisam deixar o catamarã sem cabine, batizado de Picolé, pronto e reforçado. 
 
Afinal de contas, a viagem vai exigir muito do barco e, principalmente, dos velejadores. As condições meteorológicas e os testes na embarcação mudaram o cronograma inicial e o veleiro deve partir para o Brasil, para 30 dias ininterruptos de velejada, no dia 15 deste mês.
 
"Os preparativos da viagem começam um ano e meio antes, com a construção do barco. Isso inclui a escolha dos equipamentos, da equipe e o orçamento, que tem que ser conseguido com a venda das cotas de patrocínio. Uma vez tudo pronto, enviamos tudo para a África do Sul e aqui começamos a fase da execução. O barco sempre precisa de ajustes, principalmente um catamarã como o nosso, que é novo e nunca viu o mar. Muitos equipamentos estão sendo adquiridos agora, como balsa salva vidas, fogos e reforços", contou Beto Pandiani.
 
Os testes da embarcação e os primeiros treinos ocorrem nessa semana, na Cidade do Cabo. A montagem do veleiro Picolé exige atenção e cuidados. O barco ‘recebe’ pequenos reforços e adaptações na asa onde fica a barraca. Além disso, a equipe de Beto Pandiani cuida da instalação da parte elétrica, configuração dos eletrônicos, adesivagem dos logotipos e ajustes nas velas que serão usadas na travessia.
 
Beto Pandiani e Igor Bely aproveitam uma brecha nos preparativos para repousar. "A adaptação do sono vai acontecer somente na viagem, agora a ordem é descansar bem, se alimentar corretamente e guardar energia. Não há como simular uma viagem como a nossa. Contamos com a experiência e a memória do corpo."
 
O barco - O Picolé tem 24 pés (oito metros) e é feito todo em carbono para suportar condições adversas. O veleiro de dois cascos foi construído no estaleiro alemão Eaglecat. O modelo é adaptado às experiências de viagem da dupla e é híbrido, ou seja, não existe outro igual no mundo.
 
Betão Pandiani e suas aventuras - Desde 1993, velejar deixou de ser um hobby para se tornar profissão na vida de Beto Pandiani. A partir disso, o velejador tem colecionado aventuras incríveis e histórias inesquecíveis, enfrentando marés, tempestades e outras adversidades para chegar ao destino final.
 
Em 1994, Betão organizou sua primeira expedição, que foi chamada de "Entre Trópicos". Ele zarpou de Miami para a Ilhabela em 289 dias no mar. Em 2000 foi a vez da "Rota Austral", partindo do Chile, cruzando o Cabo Horn - ponto alto da expedição - até a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, em 170 dias. A "Travessia do Drake", em 2003, saiu de Ushuaia e cruzou a passagem entre a América do Sul e a Antártica. Foram 45 dias que deram a Beto Pandiani e Duncan Ross, seu parceiro de viagem, o título de primeiros velejadores a chegar à Península Antártica em um barco sem cabine.
 
Em 2004 foi a vez de ir da Flórida à Nova Iorque, na regata Atlantic 1000, a mais longa prova para catamarãs do planeta. O resultado foi acima do esperado: um segundo lugar na competição. Já em 2005, na "Rota Boreal", foram três meses velejando de Nova Iorque até Sisimiut, na Groenlândia, enfrentando as terríveis condições climáticas polares. Entre 2007 e 2008, junto com Igor Bely, Beto Pandiani atravessou o Oceano Pacifico, partindo do Chile e chegando à Austrália. Foram 17 mil quilômetros percorridos, muitas semanas sem ver terra e mais um título: o de primeiros velejadores do mundo a cruzar o Pacífico Sul em um barco sem cabine.
 

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