Grandes nomes da vela disputam regata Santos-Rio no dia 26 de outubro

Lexus Chroma, fita-azul em 2012   Foto: Fred Hoffmann

Santos - Quem embarca para a disputa da regata Santos-Rio nunca sabe o que irá encontrar pela frente. Se em um ano o vento estava forte, dando trabalho aos velejadores, no ano seguinte ele pode estar fraquíssimo, testando a sua paciência. 
 
No dia 26 de outubro, mais de 20 barcos estarão reunidos na baía de Santos para a largada da regata, ainda sem uma previsão concreta de como estará o tempo. Dentre os velejadores estarão grandes nomes da vela, como Torben e Lars Grael, Edu Penido, André Mirsky e Maurício Santa Cruz.
 
Em 2012, o fita-azul, primeiro barco a cruzar a linha de chegada, foi o Lexus Chroma, que tinha no comando o santista Alex Marin. O barco levou 52 horas para completar o percurso entre o Iate Clube de Santos (ICS) e o Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ). “Foi muito cansativo!”, disse ele. A equipe compete a bordo de um Botin Carkeek 46 todo preparado para regata e o conforto a bordo é mínimo. Para se ter noção, as camas são pequenas e usadas em esquema de revezamento, e o banheiro, inexistente.
 
“No ano passado o vento estava muito fraco de dia e de madrugada era uma calmaria só. Por sorte o tempo estava agradável. Mas sofremos com a falta de vento, que acaba exigindo mais mentalmente, e uma hora a paciência acaba”.
 
Por se tratar de uma regata longa, a organização fica monitorando todos os barcos pelo rádio duas vezes por dia. Assim que cruzaram a linha, a equipe do Lexus Chorma perguntou pelo rádio se haviam sido os primeiros a terminarem a prova e a Comissão de Regatas informou que um velejador solitário havia chegado antes. A surpresa veio na festa de premiação, quando descobriram que o outro barco havia ligado o motor e, por isso, foi desclassificado. Infelizmente durante o Circuito Rio, disputado no final de semana seguinte, a equipe não teve a mesma sorte. “Quebramos o cabo que segura a vela grande em uma regata que estávamos até bem colocados e acabamos sendo prejudicados, então o resultado não foi lá estas coisas”, completa Alex.
 
Este ano a equipe estará novamente na água para tentar mais uma vez a fita-azul. Mas a briga não será fácil. Torben e Lars Grael, que estarão a bordo do S40 Magia V, conhecem o caminho das pedras e prometem brigar pelo título. Juntos os dois tem nada menos que sete títulos da competição: em 1990, 1993, 1994, 1995, 1996, 2004 e 2011. A equipe do Magia V está bastante entrosada e a prova disso foi o segundo lugar na regata Recife-Fernando de Noronha, conquistado no último final de semana.
 
 “A Santos-Rio tem valor pela tradição e pela dificuldade. São 200 milhas náuticas [360 km], em um percurso que exige muitas manobras da tripulação, uma tática complexa e muito bom descanso. Este cenário gera um cansaço para todos, mas é uma satisfação enorme chegar na Ilha da Laje na boca da Baía de Guanabara”, disse Lars.
 
Este ano a regata resgatou um pouco das suas origens, como largada no sábado ao meio dia. Durante o percurso voltou a ser obrigatória a passagem por fora de Ilhabela, ou seja, nenhum barco vai poder velejar dentro do canal de São Sebastião. Além disso, a regata terá peso dois para a Copa Brasil de Vela de Oceano. 
 

Eventos esportivos / Entidades Mundiais

Rugby campeão

Brasil é campeão do Sul-Americano 6 Nações

 
 

 

 
Mascotes

Mais lidas da semana

Curta - EA no Facebook