Juntos há 20 anos, equipe do Rudá aposta em mascote para vencer a Santos-Rio
Rio de Janeiro - Estar junto dos amigos no maré mais do que rotina para os velejadores doRudá. A tripulação, que tem umamédia de idade superior a 50 anos, está juntahá mais de duas décadas, correndo osprincipais eventos de vela oceânica no Brasil eaté no exterior. Mas este ano eles fizeram uma apostaousada: entregaram o comando do barco para um menino de‘apenas’ 20 anos. Agustín Mendezserá o responsável por levar os outros novetripulantes, incluindo seu pai, a salvo, em um percurso de200 milhas (360 km), na disputa de uma das mais tradicionaiscompetições do país, a regataSantos-Rio.
“Estou ansioso para o início da regata. Estaé uma competição da qual eu nuncaparticipei e vou fazer a estreia já no leme de umbarco rápido. É muita responsabilidade”,diz Agustín.
O jovem uruguaio entra no lugar de Mario Martinez, 55,responsável por levar o time a diversos pódiosdurante todos estes anos de competição,incluindo a última Rolex Ilhabela Sailing Week.“Por incrível que pareça eu nãogosto de velejar no leme. Há alguns meses nósestamos treinando o Tim para assumir este posto e eu voufazer a tática, algo mais leve”, disse ele, quejá disputou a Santos-Rio cinco vezes com os amigos delonga data.
Para ajudar os mais experientes, tambémestará a bordo Miller Lazur, de 30 anos,responsável por cuidar do barco. E a presençadestes ‘jovens’ é essencial, segundoGuilherme Hernandez, 68 anos.
“Nós precisamos deles, pois chega uma horaque falta braço, falta força. Nosso desgastefísico é bem maior. Fora que assim nóstambém damos uma força para estes jovens nomeio náutico”, completa ele, que écarinhosamente conhecido como Tio Gui.
E se o papo é cansaço físico, quemcomemora mesmo é Agustín: “Como eu sou omais novo, antes eles me pediam para fazer tudo. Eu ficavacorrendo de um lado para o outro, de cima para baixo. Agoraque estou no comando, não sou mais o‘mascote’ da equipe”, diz aliviado.
