Lars e Samuel dominam a Star na Ilhabela Sailing Week

Lars e Samuel (star) / Foto: Marcos Méndez / SailStation

Rio de Janeiro - Na estreia da classe Star na 41ª Ilhabela Sailing Week prevaleceu a experiência de Lars Grael e o talento do jovem Samuel Gonçalves para que a dupla vencesse as duas regatas do primeiro dia do Campeonato Sul-americano, incluído pela primeira vez na programação do maior evento náutico da América Latina. A flotilha conta com 18 barcos, sendo quatro duplas argentinas.
 
O dia foi de sol intenso, apesar de a temperatura máxima não ter ultrapassado os 22ºC. Pela manhã o vento nordeste já soprava com rajadas de 14 nós (25 km/h), o que levou a Comissão de Regatas (CR), a montar as raias no extremo norte de Ilhabela, fora do canal de São Sebastião para aproveitar melhor a tendência de mudança de direção do vento para leste.
 
"Largamos bem na primeira regata e soubemos manter a vantagem. Na segunda foi mais complicado. Estávamos em 12º lugar na primeira montagem de boia e foi preciso paciência para ultrapassar um a um, aproveitando as rondadas de vento e a correnteza", afirmou Samuel há dois anos proeiro da dupla com Lars. "Não tinha outra estratégia. Respiramos fundo e fomos para frente. É muito bom começar um campeonato com duas vitórias, logo depois do Mundial da Itália, onde não ganhamos apenas por um detalhe."
 
O segundo colocado após duas regatas na Star, Marcelo Bellotti, ficou satisfeito com a estreia e já esperava pela superioridade dos líderes. "Que o Lars está melhor do que a gente, eu já sabia. O Bruno Prada (terceiro) velejou muito bem, mas ainda está acertando o barco. Fiquei feliz com nosso poder de recuperação. Estávamos em 11º e chegamos em quarto na segunda regata, depois de um segundo lugar na primeira. O barco está rápido e nosso popa está muito bom". 
 
O tri mundial e vice-campeão olímpico de Star, Bruno Prada é o atual vencedor da Ilhabela Sailing Week ao lado de Robert Scheidt e neste ano está correndo como timoneiro, com Guilherme de Almeida, que também reconheceu a superioridade de Lars e Samuel." Eles estão muito bem treinados. Fica nítido na raia. Nós largamos muito bem, em primeiro nas duas regatas, mas erramos o contorno da primeira boia. Foi um bom começo. Só não podemos deixar o Lars desgarrar". Bruno e Guilherme obtiveram quarto e terceiro lugares. Entre os argentinos, o melhor na classificação geral é Torkel Borgstrom, na sexta colocação. 
 
Equilíbrio na HPE e na S40 - Na classe HPE, que também correu na Raia 2, a mesma da Star, o Ginga venceu a primeira regata e o Fit to Fly, a segunda. O resultado deixa o Ginga, de Ilhabela, na liderança, com duas vitórias em três provas, seguido por Fit to Fly e Bixiga, em uma flotilha que conta com 22 veleiros. "Os treinos intensivos deixam a tripulação entrosada, o que faz diferença", justificou o comandante do Ginga, Breno Chvaicer, 'trimmer' (regulador das velas) da embarcação que defende o título.
 
Na primeira regata do dia para a classe S40, a segunda da competição aberta no último domingo com a tradicional Alcatrazes por Boreste, O Magia Energisa foi o primeiro a cruzar a linha de chegada, à frente do Crioula e do Pajero Mitsubishi. O veleiro de Niterói contou com o retorno de Torben Grael, ausente na primeira regata porque estava disputando a travessia São Francisco - Havaí, regata que corta o Pacífico.
 
Com tripulações experientes em todos os barcos, o equilíbrio na classe ficou evidente. O primeiro colocado na primeira regata, Magia Energisa, chegou em quinto na segunda prova, que teve vitória do Pajero Mitsubishi, com André Fonseca no leme, seguido por Crioula e Carioca, o vencedor da Alcatrazes. Os resultados, após três regatas, levaram o Pajero Mitsubishi à liderança da classe, com Crioula em segundo e Carioca em terceiro lugar. 
 
"Na primeira regata deu tudo certo. Na segunda, tudo errado", resumiu Torben Grael sobre o dia de extremos vivido pelo Magia Energisa. "O percurso é muito curto, se você sai mal, fica difícil recuperar. Os times do Pajero Mitsubishi e do Crioula estão mais bem entrosados. Nós e o Carioca temos altos e baixos ". 
 
O tático argentino Santiago Lange, do Pajero Mitsubishi, estava empolgado com a liderança na S40."É um privilégio estar aqui em Ilhabela e ter o prazer de velejar contra o Torben. É realmente muita sorte", exclamou o medalhista olímpico da classe Tornado. 
 
Nesta terça-feira (22), todas as classes disputaram duas regatas, a exceção da RGS Cruiser, que fez apenas uma. Para quarta-feira, a partir do meio-dia, a Comissão deve repetir o formato com regatas barla-sota ou de percurso, dependendo da direção e intensidade do vento. 

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