Martine Grael comemora 2014 cheio de glórias

Martine Grael: velejadora entrará em 2015 embalada por muitas conquistas na temporada que se encerra / Foto: Walter Cooper

Rio de Janeiro - Martine Grael é a timoneira do barco 49er no qual compete com a proeira Kahena Kunze. As duas têm apenas 23 anos e foram eleitas em 2014 as melhores velejadoras do mundo pela Federação Internacional de Vela (ISAF, na sigla em inglês).
 
O fato das duas terem conquistado o título de melhores da temporada com tão pouca idade só reforça como Martine e Kahena têm pela frente um futuro que tem tudo para ser ainda mais brilhante. Para se ter ideia, o pai de Martine, Torben Grael, um dos maiores nomes da história do esporte brasileiro e reconhecido como uma das lendas da vela mundial — é dono de cinco medalhas olímpicas, sendo duas delas de ouro, entre outros diversos troféus — foi reconhecido como o melhor do mundo apenas em 2009, quando já estava com 49 anos. Outra lenda do esporte nacional, Robert Scheidt — também dono de cinco medalhas olímpicas, sendo duas de ouro, entre dezenas de outros títulos — recebeu o reconhecimento de melhor do planeta em 2001, aos 28 anos, e também em 2004, aos 31.
 
No ano em Torben Grael foi eleito o melhor do mundo, em 2009, Martine e Kahena, então com 18 anos, já haviam brilhado juntas, tendo sido campeãs mundiais da classe 420 em Búzios (RJ). As duas se conheciam desde criança, quando competiram pela Optmist, o barco-escola da vela, em Niteroi-RJ. A dupla, entretanto, se desfez. Martine foi velejar na classe 470 com Isabel Swan, mas, em novembro de 2012 retomou a parceria com Kahena, logo que a classe 49er foi oficializada e entrou para o programa olímpico, já para os Jogos do Rio 2016.
 
Em 2013, a dupla já mostrou sua força, com excelentes resultados na temporada, até chegarem a vice-campeãs do primeiro Mundial da nova classe, em Marselha, na França, perdendo apenas para as neozelandesas Alexandra Maloney e Molly Meech em meio a 53 duplas inscritas. Na sequência, assumiram a liderança do ranking mundial da classe. “Vamos aprendendo uma com a outra e evoluindo juntas”, ressalta Martine.
 
Começo fulminante e final glorioso - Sobre a temporada que se encerra, Martine lembra que a dupla iniciou o ano com o pé direito. “Em 2014, começamos firme”, recorda a velejadora. Juntas, as brasileiras somaram títulos “um atrás do outro”, nas palavras de Martine. As duas brilharam no Campeonato Americano, nas Copas do Mundo de Miami, de Palma de Mallorca (Espanha) e de Hyèrs (França) e também na Semana Olímpica de Garda Trentino (lago da Itália). Assim, antes da metade do ano Martine e Kahena haviam se firmado no topo do ranking mundial. Tanto sucesso, entretanto, não era o esperado.  “Foi meio uma surpresa...”, reconhece Martine.
 
Depois do Campeonato Europeu, a dupla teve uma ligeira baixa, segundo Martine. Mas então veio o evento-teste “Aquece Rio”, em agosto, na capital fluminense, quando a dupla levou o troféu. “Depois veio o Mundial e a gente ganhou”, simplifica Martine, sobre o título da 49er no chamado Mundial de Todas as Classes, disputado em setembro, em Santander, na Espanha. A competição da ISAF ocorre apenas de quatro em quatro anos e serve como seletiva olímpica sendo, portanto, bastante prestigiada.

 

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