Mundial Jr de Snipe abre espaço para o futuro da vela mundial

Leonardo e Victor / Foto: Fred Hoffmann

Rio de Janeiro - A partir do dia 14 de setembro velejadores de nove países estarão reunidos no Rio de Janeiro para a disputa do Mundial Junior da classe Snipe. O evento, aberto a atletas que tenham até 21 anos, serve como exposição para aqueles que serão o futuro da vela mundial.
 
Como já tem sido tradição nas competições da classe pelo mundo, o Brasil é um dos favoritos ao título. A equipe nacional é formada por 10 duplas e tem como destaque Leonardo Lombardi e Victor Sabino. Apesar de velejarem juntos há pouco tempo, a experiência de Victor e a dedicação de Leonardo renderam aos dois o título brasileiro Junior da classe, disputado em janeiro, na mesma raia. Detalhe: este foi o primeiro campeonato oficial que Leonardo disputou a bordo de um Snipe.
 
"O fato de chegarmos como favoritos faz com que eu queira treinar mais e mais. No momento estou muito confiante, mas na hora tudo pode mudar", diz um tímido Leonardo, de 16 anos.
 
Apesar de ter apenas 18 anos, Victor pode ser considerado um veterano. Ele velejou muito tempo ao lado do irmão mais velho, Felipe, e hoje são concorrentes. Mas não neste Mundial. Victor chegou a se classificar para os dois, mas optou em correr apenas o Junior. Durante o Sênior, que começa dia 21, ele estará na água para torcer pelo irmão.
 
"O Felipe acabou fazendo 22 anos e teve que mudar de categoria. Eu precisava de alguém mais novo para continuar velejando na Junior e o Leonardo veio como indicação de um amigo e acabou dando certo", diz ele que tem no currículo, dentre outros títulos, o terceiro lugar no último Mundial, disputado em 2011 na Dinamarca. 
 
"Acho que primeiro de tudo temos que nos vencer, pois sabemos que temos condições de ganhar. Só precisamos fazer o que sabemos, que é velejar. Mas como se trata de um mundial, tudo pode acontecer. Com certeza iremos dar o nosso melhor", completa.
 
Quem também quer dar o melhor é a dupla portuguesa Diogo e Francisco Pinto. Diogo, o mais velho, hoje tem 18 anos e veleja na classe há quatro. "Fiquei muito grande para o Optimist [classe para iniciantes com até 15 anos] e por influência do nosso pai, acabei mudando para o Snipe. Velejei na proa no Mundial da Dinamarca e depois disso resolvi ir para o leme, com meu irmão como tripulante", disse ele. 
 
"Estamos treinando forte e esperamos um excelente campeonato tanto na parte de regatas, quanto na parte social, já que os brasileiros são conhecidos pela festa! Acho que será um campeonato que irá fazer jus ao lema da classe 'Serious sailing, serious fun'!", completa.
 
Mas quem pensa que a vela é um esporte masculino, se engana. Dentre as 30 duplas que estarão na água, quatro delas terão meninas como comandantes. Este é o caso da argentina Brenda Paola Quagliotti, de 19 anos. Ela se juntou com o amigo Agustín Pérez Goiri no início de 2012 com o objetivo de se classificar para o Mundial e em setembro realizará um sonho. 
 
"Estou muito ansiosa para que o campeonato comece logo. Este será meu primeiro Mundial então vamos dar o nosso melhor e colocar em prática tudo o que aprendemos durante este ano e meio e, quem sabe, conquistar bons resultados", disse. E quando perguntada como é ser uma das poucas meninas no comando ela é rápida em responder: "É um orgulho! Creio que temos as mesmas chances que os meninos, apesar deles terem mais força".

 

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