Robert Scheidt mira terceiro ouro para despedida olímpica

Robert Scheidt / Foto: Fred Hoffmann

Rio de Janeiro - Atrás apenas do judô, a vela é a segunda modalidade em que o Brasil mais conquistou medalhas na história dos Jogos Olímpicos. Enquanto nos tatames os atletas alcançaram 19 pódios, nas embarcações o total está, por enquanto, em 17. Desses, dez podem ser atribuídos a dois nomes, com metade para cada lado: Torben Grael, hoje técnico da equipe, e Robert Scheidt, rumo a mais uma edição no ano que vem.
 
Uma das maiores referências esportivas do Brasil e da vela mundial, Scheidt deu início à coleção de trunfos olímpicos na classe Laser, em Atlanta-1996, quando faturou o ouro. Quatro anos depois, em Sydney, subiu novamente ao pódio, desta vez com a prata. Em Atenas-2004, voltou ao topo e levou outro ouro. Na mesma classe, o paulista conquistou dez títulos mundiais entre 1991 (o único juvenil) e 2005, sendo que, em 2002, venceu tanto o Mundial da Federação Internacional de Vela (ISAF) quanto o de Laser, realizados separadamente na ocasião.
 
A partir de 2007, tiveram início as conquistas na classe Star: Scheidt foi tricampeão mundial (2007, 2011 e 2012) ao lado de Bruno Prada e levou ainda a prata olímpica de Pequim-2008 e o bronze em Londres-2012. Com o anúncio de que a Star não integraria o programa de 2016, o velejador retornou à classe Laser e, em 2013, faturou mais um título mundial.
 
Com uma lista aparentemente interminável de conquistas, Scheidt garante ainda ter fôlego para uma última participação olímpica. “Conquistar uma medalha de ouro aos 43 anos, em casa, diante da família e da torcida brasileira, e poder encerrar mais um ciclo da minha carreira dessa forma é um sonho”, define.
 
Depois do Rio de Janeiro, as metas serão diferentes. “Tracei como objetivo deixar a vela olímpica após os Jogos de 2016 e, depois, continuar velejando em classes de barco que exijam menos do corpo e mais da cabeça, mas não estou pensando em aposentadoria”, afirma ao Portal Brasil 2016.
 
Paralelo à longevidade do velejador no esporte, há um extenso calendário de competições previstas para 2015 (veja abaixo). A primeira delas, a Copa do Mundo de Miami, será encerrada neste sábado (31.01). Para corresponder à demanda, Robert Scheidt tem encarado as temporadas com mais cautela.
 
“Com uma sequência forte de competições como essa, minha preparação (para 2016) terá que ser dosada. Tenho feito um trabalho forte de musculação e fisioterapia, focado em prevenir lesões, não sentir dor, porque o momento é diferente. Já não sou tão jovem para a classe Laser”, comenta. “Estou me sentindo bem, velejando em ótimo nível, de igual para igual com os principais adversários, mas tenho de ser cauteloso, entre treinos e competições para me preservar fisicamente”, analisa.
 
Ao longo de 2014, o desempenho não correspondeu totalmente ao esperado. Ainda assim, Scheidt venceu a Semana Olímpica de Garda Trentino, foi prata em uma etapa da Copa do Mundo, quarto colocado no evento-teste do Rio e quinto no Mundial de Vela, encerrando o ano em segundo lugar no ranking mundial. “Poderia ter chegado ao pódio em outras competições, mas precisei cuidar de lesões leves e o importante é que estou recuperado”, acredita.
 
“Em 2015, ano pré-olímpico, o Mundial é o principal objetivo. Ele começa apenas quatro dias depois dos Jogos Pan-Americanos. É um ano para aperfeiçoar detalhes, corrigir o que for preciso para chegar em 2016 com chances de medalha”, planeja.
 
Veja Também: 
 

Eventos esportivos / Entidades Mundiais

Rugby campeão

Brasil é campeão do Sul-Americano 6 Nações

 
 

 

 
Mascotes

Mais lidas da semana

Curta - EA no Facebook