Scheidt entra na reta final de preparação para a SSL Finals

Bicampeão olímpico retoma a classe Star após deixar a 49er e o clico visando Tóquio/2020. Na fase de preparação para a competição que será em Nassau, em dezembro, venceu a Taça Royal Thames 2017, no Iate Clube do Rio de Janeiro / Foto: Divulgação

Bahamas - Robert Scheidt entra na reta final de preparação para a SSL Finals, entre 4 a 9 de dezembro, em Nassau, nas Bahamas. Apesar de ter anunciado o encerramento do ciclo visando os Jogos de Tóquio, em 2020, o bicampeão olímpico está longe de pensar em aposentadoria. Tanto que, ao lado do proeiro Henry Boenning, o Maguila, venceu a Taça Royal Thames 2017, entre 11 e 12 de novembro, no Iate Clube do Rio de Janeiro.
 
A competição fez parte do treinamento para a disputa da quinta edição da final da Star Sailors League, na qual o brasileiro vai em busca do segundo título, após ter sido campeão logo no ano de estreia.
 
“Conseguimos treinar bem no Rio de Janeiro em outubro e agora em novembro competimos na Taça Royal Thames e ganhamos. A margem para o segundo colocado foi pequena, mas chegamos em primeiro. Foi um bom treinamento para a SSL Finals. Claro que sempre dá para se preparar mais e melhor, mas fizemos o possível dadas as condições da nossa parceria, comigo morando na Itália e o Henry no Rio”, explica o bicampeão olímpico de 44 anos, que tem patrocínio do Banco do Brasil e Rolex e apoio do COB e CBVela.
 
Na competição da classe Star disputada no capital carioca, Scheidt demonstrou uma das características que fizeram dele um dos maiores velejadores da história: a regularidade. Em três regatas no Iate Clube do Rio de Janeiro, o bicampeão olímpico e seu proeiro subiram ao pódio em todas, com um segundo lugar na abertura, uma vitória na segunda prova e um terceiro lugar para fechar a disputa e garantir o título com um ponto de vantagem para a dupla Marcelo Bellotti/Mauricio Bueno. A diferença veio justamente na última corrida, quando Robert cruzou na terceira posição e os adversários em quarto.
 
Scheidt segue para as Bahamas no final de semana para um período de aclimatação antes da estreia. As primeiras regatas estão programadas para o dia 5 de dezembro. “Vamos ter quatro dias de treino em Nassau para preparar o barco e acho que temos muitas chances de velejar bem e brigar pelo pódio. Espero um nível de competição mais elevado do que no ano passado. Teremos grandes velejadores, tanto mais tarimbados como jovens, alguns vindos de outras classes, inclusive. A cada ano fica mais difícil, mas temos bastante experiência e todas as condições de fazer uma boa apresentação”, completa o maior medalhista olímpico brasileiro, com cinco pódios.
 
Retornar à classe que lhe rendeu duas medalhas olímpicas e três títulos mundiais é sempre uma alegria para Robert. Ao lado de Henry Boenning, Scheidt conquistou a medalha de bronze da SSL Finals no ano passado. Do total de quatro edições disputadas até agora, o bicampeão olímpico competiu em três. Além do título em 2013, conquistado ao lado de Bruno Prada, e do bronze no ano passado com Maguila, Robert foi quinto colocado em 2014, também com Prada.
 
O prêmio geral em Nassau é de US 200 mil, mas a motivação do iatista brasileiro vai além dos ganhos financeiros. “O SSL Finals é uma competição de alto nível e que cresce a cada ano, reunindo alguns dos melhores do mundo. É sempre muito bom participar. Vamos ver como vou me sair na star, depois de passar esta temporada inteira me dedicando a 49er”, afirma.
 
Despedida olímpica - Scheidt tomou a decisão de deixar a 49er e o ciclo olímpico para Tóquio por motivos profissionais e pessoais. “Não é fácil começar do zero, aos 43 anos, em uma categoria que exige muito do físico. Sofri com algumas lesões nessa temporada e o período de recuperação não é mais o mesmo. Eu precisaria de muito mais tempo de treino para chegar competitivo em 2020 e, nessa altura da vida, não quero abrir mão da família. Tenho dois filhos pequenos, minhas maiores medalhas, e estar com eles e com minha mulher é muito importante”, esclareceu o iatista de 44 anos, sobre sobre Erik, de oito anos, e Lukas, de quatro, fruto do casamento com a lituana e também velejadora Gintare.
 
Robert Scheidt tem duas medalhas de ouro olímpicas (Atlanta/96 e Atenas/2004)e uma prata (Sidney/2000) na classe Laser, mais uma prata e um bronze na Star (Pequim/2008 e Londres/2012). Ao todo, são 11 títulos mundiais na Laser e três na Star. Na Rio/2106, terminou na quarta colocação. Scheidt tem patrocínio do Banco do Brasil e Rolex e apoio do COB e CBVela.
 
 

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