Scheidt vai brigar pelo bronze nas duas regatas finais do Mundial

Vista aérea de largada do Mundial / Foto: JLDigitalMedia.net/Divulgação

México - Os ventos não sopraram favoráveis e Robert Scheidt teve um dia complicado no Campeonato Mundial de Laser. Nesta terça-feira (17), em Puerto Vallarta, no México, o bicampeão olímpico foi 22º na primeira regata e, apesar de melhorar seu desempenho na segunda prova, terminou em 14º lugar.
 
Com isso, caiu do terceiro lugar para o quinto na classificação geral. Mas como não esteve sozinho no quesito desempenho irregular, pois outros adversários também não foram bem, o brasileiro entra no último dia de disputas, nesta quarta-feira (18), na briga pela medalha de bronze.
 
Scheidt está a 9 pontos do terceiro colocado, o cipriota Pavlos Kontides, diferença pequena e que lhe garante chances reais de chegar ao pódio no Mundial. Para isso, precisa velejar entre os líderes nas duas últimas regatas da competição mexicana. Mas a briga do brasileiro não será apenas com um adversário. Diretamente a sua frente, em quarto lugar, está o australiano Matthew Wearn, que tem os mesmos 65 pontos perdidos que o terceiro colocado Kontides. Com a mão na taça de campeão, o britânico Nick Thompson soma 34 pontos, 19 a menos do que o vice-líder, o francês Jean-Baptiste Bernaz.
 
O bicampeão olímpico lamentou os resultados desta terça-feira, mas não se deixa abater. "Infelizmente tive um dia ruim. Eu até que larguei bem nas duas regatas, mas velejei sempre do lado errado de onde entrou o vento. Foi um dia bem atípico, pois deu muito o lado esquerdo na primeira prova e muito o lado direito na segunda e eu não percebi bem isso, pois velejei muito pelo meio. Com isso, perdi muitos pontos. Para amanhã (quarta-feira, 18), vou tentar velejar melhor, um pouco mais agressivo para ser se consigo melhorar esse resultado e chegar ao pódio", afirmou o atleta, patrocinado pelo Banco do Brasil, Rolex, Deloitte e Audi, com os apoios de COB e CBVela.
 
Robert Scheidt chegou ao México em busca do 12º título mundial na Classe Laser. Logo na estreia, sofreu uma bandeira preta por largar escapado. Porém, na segunda regata do primeiro dia, se recuperou para cruzar em primeiro lugar. Nos dias seguintes, o bicampeão olímpico se manteve entre os líderes e, com a possibilidade de descartar o resultado ruim, terminou a fase de classificação em terceiro lugar. Na etapa decisiva, com a flotilha de ouro, composta pelos 56 melhores velejadores desse Mundial, o brasileiro teve problemas com ventos fracos e irregulares, conseguindo um 25º e um 5º lugares na terça-feira e o 22º e 14º nesta terça.
 
Além de Robert Scheidt, o Brasil tem mais um representante na flotilha ouro do Mundial. Bruno Fontes está em 30º, com 191 pontos perdidos. Na flotilha prata, está Lucas de Bueno em 46º, com 474 pontos. A fase classificatória do Mundial reuniu 112 velejadores representando 48 países.
 
Classificação - após 12 regatas e 2 descartes:
 
1- Nick Thompson (ING) - 34 pontos perdidos 
2- Jean-Baptiste Bernaz (FRA) - 53 pp
3- Pavlos Kontides (CHP) - 65 pp
4- Matthew Wearn (AUS) - 65 pp
5- Robert Scheidt (BRA) - 74 pp
30- Bruno Fontes (BRA) - 191 pp
 
Olimpíada do Rio - A programação da temporada 2016 é composta por etapas. O Mundial é um dos maiores e mais importantes ‘degraus’ para chegar ao objetivo máximo do ano, a Olimpíada do Rio. E o planejamento incluí, ainda, um período de treinamento no Brasil, entre 15 a 25 de junho. Depois, Robert retorna à capital carioca somente em 7 de julho, onde fará duas pequenas competições e entrará na reta final de preparação até o início dos Jogos. 
 
O Mundial não é o primeiro degrau de Robert rumo aos Jogos Olímpicos do Rio. Em 2016, ano de sua sexta Olimpíada, ele soma dois títulos consecutivos. Após vencer, no começo de janeiro, o Brasileiro de Laser, no Rio de Janeiro, o velejador conquistou, no fim do mesmo mês, seu sexto título em Miami da Copa do Mundo de Vela. Mais recentemente, no início de abril, garantiu a prata no Troféu Princesa Sofia, em Palma de Mallorca na Espanha. Na carreira são 175 títulos - 86 internacionais e 89 nacionais - além de cinco medalhas olímpicas (duas de ouro, duas de prata e uma de bronze).
 
 

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