Velejadores anônimos competem ao lado de estrelas nacionais no Circuito Rio

Nicholas Grael a bordo do Stand by Me / Foto: Fred Hoffmann

Rio de Janeiro - A partir do dia 1º de novembro, centenas de velejadores estarão no Rio deJaneiro para a disputa do Circuito Rio. Grande parte dos barcos virá embalado pela regata Santos Rio, que tem a largada no dia 26 de outubro e um percurso de 200 milhas náuticas (360 km). Na capital fluminense serão três dias de competição com provas longas e curtas (barla-sota).

Os irmãos Lars e Torben, que disputarão juntos a Santos Rio a bordo do S40 Magia V, estarão na água novamente, mas em barcos diferentes. Torben continuará a bordo do Magia, enquanto Lars irá velejar no do Tangará II, na classe RGS, que disputa também o Campeonato Brasileiro. A novidade da família fica por conta de Nicholas, filho de Lars, que será o comandante do Stand By Me, barco do pai, que corre na ORC, contra o tio. No total cinco classes disputam o evento: S40, ORC, IRC, C30 e BRA-RGS.
 
Esta será a primeira vez de Nicholas no comando de um barco de oceano durante um evento inteiro, mas nem por isso o garoto de 16 anos se sente inseguro. Ao seu lado estarão alguns amigos de longa data, como Samuel Gonçalves, proeiro de Lars na classe Star, que veio do Projeto Grael, João Pedro Moreira, seu parceiro na classe Snipe, e Clininho Freitas, filho de Clinio Freitas, parceiro de Lars na classe Tornado.
 
“Eu escolhi a tripulação, meu pai não opinou em nada”, garante. E como estreante, ele sabe que não vai ser fácil vencer. “O nível do campeonato é muito alto e meu barco é um dos menores, fato que dificulta muito a vitória. Mas vamos nos divertir muito”, conclui.
 
Lars tem incentivado muito a carreira do filho, que em setembro disputou também nas águas da baía de Guanabara o Mundial Junior da classe Snipee, por isso, emprestou o barco para que ele velejasse ao lado dos amigos.
 
“Lembro-me da 1ª vez que fui timoneiro no Circuito-Rio. Foi em 1981 no leme do Mo-Hai, um barco de 37 pés do comandante Paolo Pirani. Foi uma competição marcante na minha trajetória. Agora chegou a vez dele e o Stand By Me é um barco pequeno e veloz, que compete em uma das classes mais disputadas do evento”, disse ele que já participou da competição 18 vezes.
 
E quem também está sempre incentivando novos velejadores é Pedro Rodrigues, dono da escola de vela BL3. Há 20 anos ele disputa a regata Santos Rio e quase sempre fica para o Circuito, claro, com alunos a bordo.
 
“Nosso maior objetivo este ano no Circuito Rio é a disputa do Campeonato Brasileiro de RGS. O Tangaroa, um barco igual ao nosso, foi o vencedor em 2012, então... A equipe está velejando junta desde a Rolex Ilhabela Sailing Week e o máximo que pode acontecer é este evento servir de treino para a Copa Suzuki Jimny, campeonato que estamos brigando pelo pódio”, disse ele. 
 
A bordo do BL3 também estará Osvaldo Leite, aluno da escola há um ano e meio. O velejador é da turma que vai chegar velejando ao Rio, antes de disputar as regatas do Circuito. “A Santos Rio é uma regata muito tradicional e este ano quero conseguir completá-la, quero chegar lá velejando. Para quem não tem um barco, a opção de poder correr com uma escola é muito interessante. Eles dão todo o apoio e orientação, seja em regatas curtas ou longas.”

Eventos esportivos / Entidades Mundiais

Rugby campeão

Brasil é campeão do Sul-Americano 6 Nações

 
 

 

 
Mascotes

Mais lidas da semana

Curta - EA no Facebook