Volta a Ilhabela mistura belezas naturais e navegação diferenciada
Esse diferencial torna a disputa uma das mais procuradas pelos velejadores brasileiros. São 35 milhas náuticas (65 quilômetros) pelo litoral norte paulista, passando por faróis e praias pouco frequentadas. O aviso de regata já está disponível no site do Yacht Club de Ilhabela (YCI) - www.yci.com.br
Engane-se, porém, quem pensa que os participantes não colocam as habilidades em prática. Os barcos passam por tipos de mares diferentes num único dia. Tem a parte abrigada do Canal de São Sebastião, a da direção leste com mar aberto e a parte detrás da ilha. O detalhe é que há pouca correnteza no percurso. "Tudo pode acontecer, por isso não há como prever quem pode se dar bem. É preciso saber as condições climáticas na véspera", lembra Cuca Sodré, coordenador da Comissão de Regatas.
A largada depende da direção do vento. Poderá ser no sentido horário, chamado na vela de boreste, ou no sentido anti-horário (bombordo). Independentemente desse fator, a Volta a Ilhabela passa pelos quatro faróis da cidade: Ponta do Boi, Ponta Grossa, Ponta da Sela e Ponta das Canas. As passagens pelas ilhas da Calhetas e Serraria e as praias do Jabaquara, Castelhanos e Bonete também estão no roteiro. Os barcos também passam por áreas onde amantes do mergulho treinam e caçam relíquias em navios afundados no início do século passado.
Em 2012, a premiação ao vencedor da regata será a maquete do farol da Ponta da Canas. "O tempo médio para percorrer as 35 milhas da Volta a Ilhabela é de sete horas. Mais do que suficiente para ultrapassagens, escolha da melhor rota e também para apreciar as belezas do lugar. Todas essas características são ainda mais importantes, pois a regata vale pontos decisivos para a Copa Suzuki Jimny, que está em sua reta final", lembra Carlos Eduardo Souza e Silva, o Kalu, diretor de vela do YCI.
Regata especial - Campeão em 2010 comandando o Orson/Mapfre, Carlos Eduardo Souza e Silva explica que a prova é diferente das demais. A volta a Ilha é uma regata de percurso emblemática. Foi instituída com apoio do Peter Blake, que participou da primeira. É linda, pois você vê toda a maravilhosa paisagem do lado mais agreste de Ilhabela e quase sempre é agraciado com algum golfinho passando ou mesmo baleias". Como diz Kalu, aprova homenageia Sir Peter Blake, lendário navegador da Nova Zelândia falecido em 2001 e que esteve presente na primeira edição da regata, em 2000, com seu veleiro Seamaster.
O experiente velejador e hoje diretor do Yacht Clube de Ilhabela reforça a passagem por diversos regimes de vento no percurso. Essa condição nivela a competição. "Inicialmente essa regata era isolada no feriado de 7 Setembro. Tentou-se, depois, integrá-la na Rolex Ilhabela Sailing Week, e agora faz parte da Copa Suzuki Jimny,", comletou.
Os barcos das classes ORC, C30, RGS (A e B e RGS Cruiser maior que 30 pés) partem para o desafio maior, de 35 milhas. Já as embarcações menores, que medem nas categorias ORC Club 700, RGS C e RGS Cruiser menor do que 30 pés terão uma regata de percurso médio ou barla-sota. Os HPEs participam de uma prova exclusiva. Isso porque os modelos não têm características de velejar em mar aberto.
As inscrições serão feitas no YCI, nos dias 23 e 24 de novembro de 2012, na secretaria do evento no YCI, com valor de R$ 80,00 por tripulante (exceto mirim, que é isento da taxa). Mais informações no site do clube (www.yci.com.br), ou pelo e-mail da coordenadora da Comissão de Regatas do evento, Ann Viebig (O endereço de e-mail address está sendo protegido de spambots. Você precisa ativar o JavaScript enabled para vê-lo.), ou ainda pelo tel: (12) 3896.2300, com Paulo Lamblet e/ou Mayara.